Uma hora e 15 minutos. Esse foi o tempo que Michael Phelps teve de descanso entre as duas provas que disputou na noite desta terça-feira (9). Deu tempo de receber uma medalha, ouvir o hino e beijar o bebê Boomer, seu filho recém-nascido, antes de fazer história novamente. No Estádio Aquático da Barra da Tijuca, o norte-americano subiu ao pódio duas vezes e conquistou sua 21ª medalha de ouro. Tudo isso em uma maratona vivida pelo veterano de 31 anos.
Primeiro, às 22h20, Phelps foi à água para a disputa dos 200m borboleta. Nessa prova, o atleta mais laureado da história passava longe de ser o favorito ao ouro. Com o sexto melhor tempo do ano (1min54s84), o norte-americano via nos húngaros Laszlo Cseh e Tamas Kenderesi e no sul-africano Chad Le Clos, então campeão olímpico, seus maiores desafios em busca do lugar mais alto do pódio.
Mas há tempos fazer o inesperado deixou de ser um problema para ele. Em uma prova que liderou quase por completo, Phelps chegou a ser pressionado pelo japonês Masato Sakai no fim, mas bateu na primeira posição, conquistando sua 20ª medalha de ouro olímpica ao completar em 1min53s36, apenas quatro centésimos à frente do rival.
A noite ainda não havia chegado ao fim para Phelps. Ele ainda precisava cair na água para fechar o revezamento dos Estados Unidos nos 4x200m livre. E valia tudo para ficar preparado para a maratona. No pódio para receber a medalha de ouro, o norte-americano em todo instante ficava se alongando para não esfriar para a última decisão da noite.
Quando chegou sua vez, às 23h46, tudo nos conformes. Ryan Lochte entregou na liderança e Phelps precisou apenas administrar a vantagem e bater na frente. E assim foi feito: medalha de ouro, com o tempo geral de 7m00s66.