O Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro apresentou as suas alegações finais no processo criminal contra os jogadores de futebol Márcio Passos de Albuquerque - conhecido como Emerson ou Sheik - e Rodrigo Oliveira Bittencourt - conhecido como Diguinho. O processo corre na 3ª Vara Federal Criminal.
Emerson é acusado de contrabando por ter importado ilegalmente dois veículos usados (uma BMW e um Chevrolet Camaro), enquanto Diguinho é acusado de receptação por ter comprado de Emerson a BMW, abaixo do valor do mercado.
Durante as investigações da operação Black Ops, que desarticulou uma organização criminosa ligada à máfia de caça-níqueis, em outubro de 2011, foram colhidas provas da importação ilegal dos veículos usados. Segundo a denúncia do MPF, os carros foram importados por valores muito inferiores aos praticados no mercado, o que foi visto como indício, pelo MPF, de que Emerson tinha conhecimento da origem ilícita da compra.
Nas alegações finais, o procurador da República Sérgio Pinel pede a condenação de Emerson por contrabando e a suspensão condicional do processo contra Diguinho, caso este jogador não possua condenações anteriores nem processos em seu nome. Entretanto, Diguinho não pode ficar fora do Estado do Rio pelos próximos dois anos, num período superior a 30 dias, sem autorização judicial. O MP pede também que Diguinho compareça à Justiça, a cada três meses, para justificar suas atividades.
Diguinho joga no Fluminense, e Sheik, no Corinthians.
O MP não pediu o benefício de suspensão condicional do processo para Emerson porque este jogador foi condenado em sentença transitada e julgada, bem como pelo fato de o crime de contrabando ter sido cometido duas vezes.