O torcedor do Palmeiras, Gilberto Torres Pereira, morreu na noite de quarta-feira. Ele não resistiu aos ferimentos sofridos no crânio em briga com torcedores do Corinthians, domingo, em estação de trem em Franco da Rocha.
Membro da torcida Mancha Alviverde, Gilberto estava internado na UTI do hospital estadual de Franco da Rocha em estado gravíssimo desde domingo. Ele passou por cirurgia. O palmeirense teve morte encefálica às 22h de quarta-feira.
Pereira foi espancado com pedaços de madeira em confronto com torcedores do Corinthians. Quatro palmeirenses e dois corintianos foram detidos e encaminhados ao presídio de Franco da Rocha. Os instrumentos usados na pancadaria foram examinados pela polícia.
A briga começou após encontro entre torcedores da Gaviões da Fiel, que voltavam de um evento, e palmeirenses, que se dirigiam ao Pacaembu para o clássico contra o São Paulo.
"Estão dizendo que os corintianos voltavam de uma festa. Mas voltar de uma festa com pedaços de madeira?", questiona o presidente da Mancha Alviverde, Marcos Ferreira, que crê em uma emboscada armada pelos corintianos.
Apontado pela polícia como participante da briga que vitimou Gilberto Pereira, o vereador Raimundo Faustino (PT) foi indiciado pelos crimes de rixa qualificada e lesão corporal. Capá, como é conhecido, prestou depoimento à polícia na segunda-feira à tarde e foi liberado. O caso foi encaminhado à Justiça.
O advogado do vereador, Thiago Coscia, nega participação do cliente no confronto. Raimundo Faustino tem histórico de confusão. Ele foi flagrado em briga entre organizadas do Corinthians e do Vasco na arquibancada do estádio Mané Garrincha, no ano passado, durante partida das equipes pelo Brasileirão.