O promotor Francisco de Paula Fernandes Neto responsabilizou, nesta segunda-feira, o Atlético-PR pela briga generalizada na arquibancada da arena Joinville, domingo, pelo Brasileirão. O representante do Ministério Público de Santa Catarina diz que o clube paranaense, mandante do jogo, não ofereceu serviço de segurança capaz de evitar violência entre torcedores.
"A responsabilidade é de quem organiza o evento", disse Francisco Neto à rádio Estadão.
O promotor negou que o MP tivesse impedido a presença de policiais militares dentro do estádio catarinense, alegando se tratar de um evento privado. Francisco Neto informa que houve erro de interpretação.
"A segurança deste eventos é encargo do promotor do evento. Se ele vai fazer segurança com segurança privado, que faça. O Atlético assumiu o risco, foi uma fatalidade. Contratou gente que não tem experiência nisso, que não pôde fazer frente à demanda", acrescentou.
Quatro torcedores foram internados no domingo. Dois deles receberam alta nesta segunda.
O episódio de violência em Joinville terminou com três detidos para averiguação - que foram para presídio na madrugada desta segunda, de acordo com a Polícia de Santa Catarina.
O Atlético-PR soltou uma nota oficial na madrugada desta segunda em que se prontifica a auxiliar na identificação dos torcedores envolvidos na briga. O clube não se posicionou oficialmente em relação à declaração do promotor público.
De acordo com a Mazari Segurança, havia 20 homens da empresa na arquibancada para a divisão de torcidas. A empresa diz que em jogos do Joinville os efetivos contratados são maiores e chegam a 90 homens da empresa.
Em contato com o UOL Esporte, a empresa de segurança Mazari, contratada pelo Atlético-PR para fazer a segurança do local, se isentou de qualquer culpa pela briga de torcidas. A Mazari diz ter advertido o time paranaense de que o número de homens pedido foi baixo.
A Polícia Militar, por sua vez, disse que a segurança contratada pelo Atlético-PR era despreparada. A PM acrescenta que foi impedida de entrar no estádio em razão de uma ação do MP (negada pelo promotor público).