O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação do Vasco e do município de Duque de Caxias pela construção irregular de um Centro de Treinamento na cidade.
Conforme o órgão, as obras foram feitas em área de manguezal, sem licença ambiental, em trecho da rodovia Washington Luiz Km 120. Na ação civil pública, o órgão MPF o pediu a condenação do clube ao pagamento de indenização de R$ 500 mil pelos danos causados e que este deixe de exercer qualquer atividade no local.
No terreno houve um aterramento que causou um acelerado processo de descaracterização e supressão da vegetação de mangue, segundo as alegações do órgão. A degradação ambiental atingiu uma área de cerca de 1 mil metros quadrados.
No local, existem resíduos caracterizados como demolições, escavações e dentificações. O CT foi construído sobre parte significativa do manguezal e o Vasco continua utilizando-o por meio de um campo de futebol e dois equipamentos do tipo container. Demonstrou-se também que a degradação ambiental se deu principalmente em função dos aterramentos efetuados.
Contudo, além de o Cruz-maltino não ter cumprido algumas obrigações do TAC, a área em questão pertence à União, por isso o MPF defende que os danos causados devem ser analisados na Justiça Federal. O terreno foi doado pela União ao clube, que repassou metade ao município para a construção de um hospital. Em contrapartida, o município se dispôs a realizar obras do CT no local.