Mulher diz à polícia que foi estuprada em carro de ex-zagueiro da seleção brasileira em aeroporto

Abuso teria acontecido no terminal internacional de Guararapes, em Recife

Fábio Bilica (foto) viajou para a Turquia logo após o suposto estupro | Reprodução
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Após aceitar uma carona do ex-zagueiro da seleção brasileira Fábio Bilica e de três amigos dele, na cidade paraibana de Cabedelo, uma mulher e a filha dela, uma adolescente de 15 anos, relataram ter sofrido abuso sexual dentro do carro. Elas alegaram ter sido mantidas reféns por cerca de cinco horas, no percurso até o aeroporto internacional de Recife.

De acordo com a delegada Maria Rodrigues, que investiga o caso, a mãe de jovem afirmou ter sido estuprada pelo zagueiro quando eles chegaram ao aeroporto.

? O jogador estuprou a mãe da menor no aeroporto de Recife. A adolescente disse que foi abusada de Cabedelo a Recife, como também no retorno. Beijando, alisando, apalpando, isso com a menor.

A delegada ainda acrescentou que as vítimas conhecem Bilica há cerca de dois anos porque eles são vizinhos, em Cabedelo. Naquela noite, a mãe foi acompanhar a garota até um bar, para que a filha resolvesse um problema com o namorado. O jogador teria se oferecido para levá-las até o local.

? Só que a partir do momento em que ela pegou essa carona, a partir de 21h, elas ficaram como reféns deles. Eles não as levaram para o local que elas desejariam ir e desviaram, levando-as para outro local, como foi o caso do aeroporto. E ficaram em poder deles até as 2h.

No terminal, a mulher teria sido violentada pelo jogador, que embarcou para a Turquia logo em seguida. Ao voltar para Cabedelo, os amigos do atleta deixaram mãe e filha próximo à rua onde elas aceitaram a carona.

A mãe procurou a delegacia da mulher no mesmo dia e prestou queixa contra Bilica. Na segunda-feira seguinte, a adolescente denunciou os três amigos do jogador. As duas passaram por exames de corpo de delito. Os laudos devem ficar pronto em alguns dias, de acordo com a delegada.

Chamados para prestar depoimento, os amigos do atleta ? um assessor político e dois radialistas ? apresentaram outra versão para os fatos, segundo Maria Rodrigues.

? Eles negaram, disseram que não têm participação, que não é verdade. Disseram que foi consensual o relacionamento da vítima com o jogador. Só que a vítima nega. Ela afirma que aceitou a carona, mas que aceitou a carona até o barzinho para resolver o problema da filha. Só que quando passou das 21h elas já ficaram em poder deles.

Amigos e outras pessoas conhecidas das vítimas prestaram depoimentos. Baseada nos interrogatórios e em outros elementos, a delegada decidiu indiciar, na sexta-feira (12), o jogador e os amigos pelo crime de estupro.

O advogado do atleta procurou a polícia e disse que ele deseja se manifestar, no entanto, até a noite de terça-feira (16), nenhuma explicação sobre o acontecido havia sido entregue à delegada. A polícia procura também por câmeras de segurança que possam ter flagrado o percurso do jogador e dos amigos e também do aeroporto de Recife.

Maria Rodrigues acrescentou que até o momento não decidiu se deverá pedir a prisão dos suspeitos. Ela vai esperar a chegada dos laudos e a conclusão do inquérito.

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