Mulher supera preconceitos para ser pilota de kart

Bia Martins tem 21 anos e é piloto de kart desde criança

Bia Martins: do kart para a Fórmula 1600 | Rico Santa Cruz / Circuito Paladino
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Ser mulher nos dias atuais, infelizmente, ainda é sinônimo de encarar uma série de preconceitos, lidar com o machismo e ter que provar todos os dias que é capaz de realizar - e muito bem - qualquer atividade. Informações do site GloboEsportes.com

Bia Martins: do kart para a Fórmula 1600

Agora, imagine ser mulher em um esporte que é tradicionalmente praticado por homens. Bia Martins tem 21 anos, é piloto de kart e sabe bem como é isso.

Ela é a única mulher a disputar competições na categoria F-400 no Nordeste. Nas pistas, os adversários são sempre homens, e, segundo ela, os perrengues são muitos nas competições, única e exclusivamente por ela ser mulher.

- Muita gente não aceita perder só pelo fato de em ser menina. Então, mesmo eu estando ganhando, em melhores condições na prova, tem cara que me joga para fora da pista só porque não aceita perder para mim. Isso já aconteceu algumas vezes comigo.

Bia é da geração mais nova de uma família de pilotos. Uma paixão que começou pelo avô, passou pelo pai e agora está no sangue dela e dos irmãos.

A jovem teve o primeiro contato com o automobilismo aos nove anos, acompanhando o pai em provas pela Paraíba e em outros estados do Nordeste. Mas ela teve que deixar o esporte de lado devido ao alto custo para se manter na modalidade. Em 2017, voltou para as pistas. E voltou para ficar.

Bia começou a colecionar boas apresentações desde então, e o resultado é que a piloto chamou a atenção de uma equipe de São Paulo, que a convidou para pilotar um carro na Fórmula 1600.

A paraibana agora vai realizar um sonho para a maioria dos pilotos brasileiros. Ela vai participar da bateria de treinos e de duas corridas da categoria no próximo fim de semana, no autódromo de Interlagos.

Minha expectativa está a mil, porque é uma pista de ponta, que recebe provas de Fórmula 1, e eu poder ter a oportunidade de chegar lá e competir. Então a adrenalina é gigante.

Para conseguir ir, Bia teve que fazer uma campanha para arrecadar doações. Ela conseguiu 75% do valor para bancar os custos da viagem.

A paraibana nunca pilotou um carro da Fórmula 1600, e o lugar mais longe de casa onde competiu foi em Pernambuco. Mas essas dificuldades ela pretende superar com muita força de vontade.

Bia viajou com a bagagem cheia de sonhos. E, em Interlagos, promete fazer o melhor para transformá-los em realidade e mostrar a força da mulher paraibana.

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