O Mundial de Clubes da Fifa começa nesta quarta-feira tendo o Catar como casa. O Al-Sadd, time da casa, encara o modesto Hienghène Sport, da Nova Caledônia, campeão da Oceania. Porém, os grandes destaques são o Liverpool da Inglaterra e o representante sul-americano, o Flamengo. O Brasil volta ao torneio pela primeira vez depois de muitos anos com, para muitos especialistas, chances reais de ser campeão. Isso porque o Rubro-Negro, dirigido pelo técnico português Jorge Jesus, tem se aproximado ao que melhor se exige no futebol europeu. Informações do site Terra
Desde que o Corinthians derrotou o Chelsea na final de 2012 que o futebol brasileiro não chega com tão boas condições. Isso porque o Atlético-MG foi muito mal em 2013, caindo nas semifinais, e o Grêmio de 2017 não dava pinta de que poderia superar o Real Madrid, o que de fato não aconteceu.
"A nossa expectativa é a de um torneio muito empolgante, como sempre merece ser o Mundial de Clubes. Vai ser uma festa do futebol e acredito em uma edição marcada pelo equilíbrio. No ano passado se falava em final entre River Plate e Real Madrid e o River foi surpreendido. Isso mostra que estamos conseguindo tornar a competição realmente universal, que é o sentido desta disputa", disse o italiano Giovanni Infantino, presidente da Fifa.
Além de Flamengo, Liverpool, Al-Sadd, Hienghène Sport, disputam o Mundial o Al Hilal, da Arábia Saudita, campeão da Ásia, o Esperance da Tunísia, campeão africano, e o campeão da Concacaf, o Monterrey do México.
HISTÓRIA: O MUNDO ENTROU EM 2000
Entre 1960 e 1999 o Mundial de Clubes era disputado apenas entre representantes da Europa e da América do Sul. Até 1979 era um jogo na América do Sul e outro na Europa. A partir de 1980, como ganhou o patrocínio de uma fábrica japonesa de automóvel, o torneio passou a ser disputado em um único jogo no Japão, conhecido como Copa Toyota. Até então a Fifa não dava seu aval e não considerava a taça como oficial. Informações do site Terra
Diante disso, em 2000, a entidade máxima do futebol mundial decidiu organizar o torneio, dessa vez com a presença de todos os continentes e a sede inicial foi o Brasil. O Corinthians ficou com a taça após bater o Vasco numa final brasileira, mas os europeus, que já não curtiam o modelo anterior, passaram a boicotar a competição, que sofreu para conseguir uma segunda edição em 2005.
E foi em 2005 que a Fifa, colocando muito dinheiro para atrair os europeus e escolhendo o Japão como sede para não criar maiores problemas com o antigo patrocinador e acabar com o modelo anterior, conseguiu se considerar a dona do Mundial de Clubes, que passou a levar seu nome. Em troca a entidade passou a considerar como oficial as conquistas desde 1960 e deu mais ânimo aos participantes.