Foram seis meses de angústias, crises e problemas à frente do Palmeiras. Depois da derrota de 4 a 1 para o São Caetano, na última quarta-feira, pelo Campeonato Paulista, o técnico Muricy Ramalho foi demitido nesta quinta.
- Agradeço o apoio da torcida que colaborou e sempre me apoiou. Deixo amigos no clube e desejo sorte ao Palmeiras - disse Muricy, que foi ao CT à tarde para se despedir do grupo.
Coincidentemente, o nome preferido da diretoria para assumir o comando da equipe é Antônio Carlos, técnico do São Caetano e ex-jogador do Verdão. Enquanto isso, Parraga, técnico do Palmeiras B, fica no cargo como interino.
Juntamente com Muricy, o auxiliar Tata também se desligou do Palmeiras. Outro que saiu, após ter o pedido de demissão aceito por Belluzzo, foi o gerente de futebol Toninho Cecílio. Nos últimos jogos, além da comissão técnica, a diretoria alviverde vinha sendo alvo de críticas por parte da torcida.
Esperança e frustração no Palestra
Apontado como um dos melhores técnicos do Brasil, ele não conseguiu repetir o sucesso que teve no rival São Paulo - onde foi tricampeão nacional - em sua passagem pelo Palestra Itália. A goleada sofrida dentro da casa palmeirense sacramentou a queda do técnico que se considera "bom pra caramba", como disse Muricy, há uma semana, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM. Nesta quinta, após duas reuniões de dirigentes e conselheiros com o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, ficou acertada a saída do treinador (assista, no vídeo ao lado, aos lances do último jogo de Muricy à frente do Verdão).
A queda de Muricy se arrastava há algum tempo. Contratado no meio do ano passado para substituir Vanderlei Luxemburgo, o treinador inflou a confiança de Belluzzo, que afirmou que não havia contratado o tricampeão brasileiro para ser quinto colocado do Nacional. Pois foi justamente o que aconteceu.