Na primeira defesa de título, Cigano diz que não teme ir para o chão

“Se até hoje ninguém viu meu desempenho no chão é porque nunca precisei ir para o chão”, disse

Cigano mostrou-se confiante para enfrentar Frank Mir | Divulgação
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Como autêntico brasileiro, Junior dos Santos teve muitas profissões até acertar o prumo e brilhar no MMA. Vendedor de picolé, carregador de madeira, churrasqueiro e garçom são algumas. Atualmente, campeão do Ultimate e dono de uma ?patada? violenta, o catarinense radicado na Bahia deixou de fatiar a carne para amassá-la no octógono. Neste sábado, no UFC 146, que começa às 19h em Las Vegas, o peso-pesado terá pela frente Frank Mir, um americano fã de Royce Gracie e que vai explorar a luta no solo como saída para vencer. Cigano, porém, tem uma surpresinha para o desafiante.

?Se até hoje ninguém viu meu desempenho no chão é porque nunca precisei ir para o chão. Sempre consegui bons resultados lutando em pé?, ressalta Junior dos Santos, completando o raciocínio: ?Nunca sabemos como vai ser uma luta, essa é parte bela do nosso esporte. Estou muito confiante e preparado. Eu não entro no octógono para provar nada a ninguém, entro para vencer?, avisa.

Das 14 vitórias como lutador profissional, Cigano conquistou 10 por nocaute, duas por finalização e outras duas por decisão dos jurados. Aos 27 anos, ele se julga maduro para pegar um americano nocauteado cinco vezes e que tende a menosprezar seu jiu-jítsu. Para piorar, recentemente, Frank Mir, 33 anos, disse que caçará o brasileiro no ringue como Holyfield fez com Mike Tyson.

?Acho que se o Mir estiver subestimando o meu jogo, ele está correndo risco e pode ser surpreendido. Prefiro não dizer mais nada e deixar que meus punhos falem por mim?, ameaça, estipulando em que round vai derrubar o rival. ?Acho que vai ser uma luta interessante. Busco o nocaute e acredito que ele virá no segundo round. Conto com a energia dos brasileiros?, afirma o campeão, concentrado em sua primeira defesa de cinturão.

Num evento recheado de pesos pesados e que tem Cigano e Pezão nos combates principais, outros três brasileiros pisam no octógono do UFC e encaram rivais duríssimos. Vale a pena ficar de olho, ainda, nos duelos entre os gringos Roy Nelson x Dave Herman e Stefan Struve e Lavar Johnson.

O primeiro tupiniquim a sair no braço será o estreante Glover Teixeira, 32 anos. Considerado um dos melhores pesados do Brasil, Glover é discípulo de Pedro Rizzo e há anos tentava assinar com o Ultimate. Só no fim do ano passado ele conseguiu o visto americano e pôde ter sua luta contra Kyle Kingsbury confirmada.

Mais tarde, o peso-leve especialista em muay thai Edson Barboza tenta manter sua invencibilidade de 10 lutas contra Jamie Varner. Edson chega motivado com o espetacular chute giratório que levantou o UFC 142, em janeiro, no Rio.

Por fim, o primeiro e único brasileiro campeão de um reality show ?The Ultimate Fighter, Diego Brandão, toca luvas com o americano Darren Elkins.

Dizer que o brasileiro Pezão quer esmagar o ex-campeão dos pesados Cain Velásquez soa como ironia. Os pés tamanho 47 não deixam dúvida de que Antônio Silva é, literalmente, um grande rival para o americano e sua vontade de estrear com o pé direito no UFC será a realização de um sonho.

?Todo lutador sonha estar no Ultimate. Vou impor meu estilo, aplicar golpes duros e trabalhar meu jiu-jítsu. Quem sabe consigo um nocaute??,imagina Antônio, dizendo-se relaxado para surpreender.

Campeão de eventos como Cage Rage e Cage Warriors, Pezão, 32 anos, deixou recentemente o Strikeforce após perder na semifinal do GP para Daniel Cormier (que acabou sagrando-se campeão). Hoje, ele afirma estar mais forte. ?Corrigi erros de boxe, minha parte em pé, e o que todo mundo pode esperar é um Pezão com mais vontade?, frisa o ?Bigfoot?, um Pezão tipo exportação.

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