Vendido pelo Santos por R$ 23,9 milhões (maior negociação interna do futebol brasileiro), o meia Paulo Henrique Ganso foi barrado pelo técnico Ney Franco logo na primeira decisão do São Paulo na nova temporada.
O jogador começará o duelo de ida da primeira fase da Libertadores, nesta quarta-feira, no banco de reservas. A partida é contra o Bolívar, às 22h, no Morumbi. O jogo de volta será na próxima quarta, em La Paz, na Bolívia. O vencedor do confronto entrará no Grupo 3 da competição continental.
O comandante explicou a alteração em duas partes. A primeira remete à condição física. Para Ney Franco, Jadson está melhor do que o camisa 8 tricolor. A segunda está relacionada ao estilo de jogo do rival boliviano.
"É uma equipe que possui o mesmo sistema que o nosso. O técnico é espanhol e tenta implementar uma maneira de jogar como a do Barcelona. Eles atacam bastante, mas deixam a defesa exposta", disse o treinador tricolor.
Para explorar a fragilidade do rival, ele abdicou de utilizar um meia e testou o recém-contratado atacante Aloísio no lado direito do sistema ofensivo. A posição está vaga desde a saída de Lucas para o Paris Saint-Germain. Assim, a equipe terá Luis Fabiano, Osvaldo e o ex-jogador do Figueirense na frente.
"Além de ser forte, Aloísio é um homem-gol também. Ele pode aproveitar os cruzamentos do Osvaldo com o Luis Fabiano. No início da carreira, ele já atuou pelo lado. Não será uma novidade", explicou o técnico são-paulino.
No último sábado, contra o Mirassol, Jadson foi o escolhido para fazer a função, mas só agradou a Ney Franco quando voltou a atuar centralizado no lugar de Ganso.
Outra novidade no São Paulo em relação à estreia do Campeonato Paulista será o retorno do lateral esquerdo Cortez, recuperado de dores musculares na coxa direita. Ney Franco disse que o titular atuará de forma parecida com o substituto Carleto, que agora voltará a se sentar no banco de reservas.
"São dois atletas que apoiam muito. Cortez evoluiu na marcação, e o Carleto é perigoso na bola parada". O comandante também aposta na torcida como fator extra para bater o Bolívar.
"Nos últimos anos, os campeões sempre tiveram o torcedor ao lado. Espero que a nossa relação com a torcida seja a mesma do final da última temporada", disse.
"Gosto de pegar rivais mais tradicionais, pois a responsabilidade é dividida. [Agora] a obrigação de ganhar é nossa", acrescentou Ney Franco.