Quando entrar em campo hoje, contra o Atlético-MG, em Sete Lagoas, Neymar iniciará sua 59ª partida no ano, a segunda num intervalo inferior a 48 horas --e com uma viagem do norte ao sul do continente entre uma e outra.Nada disso parece suficiente para que o atleta, a dois meses do Mundial de Clubes, seja poupado em uma partida de pouca importância para a equipe da Vila Belmiro.
A programação era que o avião fretado pelos clubes para o retorno de seus jogadores após a vitória do Brasil sobre o México chegasse ao país no fim da tarde de ontem. O voo, porém, atrasou.
Neymar faria uma conexão para Belo Horizonte, onde se juntaria ao resto do elenco.
Longe da liderança, o Santos já não luta mais pelo título, único objetivo que lhe restava neste Brasileiro.
Apesar disso, o técnico Muricy Ramalho tem utilizado o discurso de que ainda é cedo para abandonar o campeonato e focar todas as atenções no torneio internacional.
O aproveitamento de Neymar hoje será definido quando o atacante se unir ao time.
Mas Muricy deu mostras de que quer colocar o jogador para enfrentar o Atlético-MG.
Ontem, comandou treino tático com três atacantes, sistema que o técnico diz que só utiliza quando tem Neymar.
Rentería foi quem atuou na posição do camisa 11, ao lado de Alan Kardec e Borges.
A confiança do técnico se dá pelo histórico de Neymar.
Com 19 anos, o jogador demonstra vitalidade impressionante. Faz uma temporada cansativa, mas sem lesões.
Nem mesmo as pancadas recebidas --Neymar é o mais caçado do Brasileiro, com média de 6,1 faltas sofridas por partida-- conseguem tirar o santista da equipe.
Ainda neste mês, o atacante deverá igualar o número de partidas que fez no ano passado inteiro. Se atuar em todos os duelos do Santos até o fim deste mês, terá 63 jogos. Restarão oito para o fim da temporada, somados a reta final do Nacional e o Mundial.
Hoje, porém, a situação será inédita para Neymar, que atuou pela seleção até os 43min do segundo tempo do amistoso contra o México.
Seu período de descanso será bem inferior às 66 horas estipuladas como mínimas pela CBF em seu Regulamento Geral de Competições.