O atacante Neymar fugiu das polêmicas sobre o amistoso entre Brasil e Bolívia neste sábado, em Santa Cruz de la Sierra. Questionado sobre as criticas de Muricy Ramalho sobre a partida da seleção, o camisa 11 do Santos não adotou o mesmo discurso de seu comandante e fez questão de dizer que é "uma honra defender o seu país".
"Eu não tenho que me meter nessa história, é uma honra servir à seleção novamente, é uma honra jogar novamente pela seleção", disse Neymar ao deixar o Pacaembu após o empate contra o São Caetano.
Muricy criticou o amistoso da seleção brasileira contra os bolivianos e chegou a citar "jogo-político". Isso porque a partida foi organizada por conta da morte do boliviano Kevin Spada, ocorrida durante a partida entre San José e Corinthians pela Copa Libertadores.
A renda do amistoso entre Brasil e Bolívia será destinada a família do jovem que morreu após ser atingido por um sinalizador atirado pelos torcedores corintianos.
"Temos todo respeito com o que aconteceu com o menino, acho legal. Não sei se seria o caso de ajudar diretamente a família, já que esse bate-volta no mesmo dia vai desgastar. Tem de pensar no atleta, mas não se pensa em ninguém, parece jogo-político", disse o treinador.
O Santos pediu o adiamento do jogo contra o São Caetano do dia 7, um dia pós o amistoso da seleção, para a última quinta-feira, para não jogar desfalcado de Neymar. O pedido foi oportuno, pois a equipe santista escapou da derrota justamente com o gol de falta do atacante no Pacaembu.
A maratona de Neymar continua na próxima semana. Após enfrentar a Bolívia em Santa Cruz de la Sierra, o atacante viajará para Teresina na próxima segunda-feira, já que o Santos estreia na Copa do Brasil, diante do Flamengo-PI, na quarta.