Neymar aproveitou as férias para descansar. Com baixa preocupação em evoluir fisicamente no período, o brasileiro vive um começo de temporada incomum na carreira. Pela debilidade física, mudou o posicionamento no Paris Saint-Germin e viu Di Maria crescer em sua posição, a de atacante aberto pela esquerda do campo. O brasileiro agora sofre para recuperar a forma e poder atuar como deseja.
O relaxamento de Neymar nas férias não trouxe avaliação negativa no PSG. O treinador Thomas Tuchel encarou com normalidade por concordar de que o brasileiro precisava "tirar a cabeça do futebol" após o baque da eliminação do Brasil a Copa do Mundo. Até dias a mais de férias aos brasileiros – Marquinhos, Thiago Silva e Neymar - foi concedido pelo treinador.
No PSG, Neymar conta com um preparador físico pessoal, Ricardo Rosa. O trabalho com o atacante em Paris, com constantes exercícios em casa, foi retomado.
Essa foi a primeira vez na carreira que Neymar precisou mudar o posicionamento em campo por conta da debilidade física. Durante as férias no Brasil, a opção de Neymar foi pelo descanso ao lado da família e amigos. O zagueiro Thiago Silva, por exemplo, participou de treinamentos diários nas instalações do Fluminense, e atuou como titular nos dois jogos que esteve disponível no PSG. Já Marquinhos teve caminho parecido com o camisa 10 e também não foi titular na final contra o Monaco.
Para atuar como titular na estreia do PSG pelo Campeonato Francês no último domingo contra o Caen – vitória por 3 a 0, no Parque dos Príncipes -, Neymar foi deslocado para a posição de centroavante para evitar a correria e o confronto de mano a mano pelos lados de campo.
Ver o camisa 10 sem participar da criação de jogadas do time e com participação baixa no jogo – foi o titular do time com menos toques na bola, com 51 no total – é algo raro. O gol marcado, lembrando características de um camisa 9, acontece por Neymar ser calmo e exímio finalizador.
Sem estar na forma física ideal, Neymar acabou substituído pela primeira vez desde que chegou ao PSG. Aconteceu aos 35 minutos do segundo tempo, com o brasileiro sendo ovacionado e retribuindo os torcedores com aplausos. A saída de campo de forma tranquila também dá mostras do bom relacionamento com Tuchel.
"Ele ainda não está 100%. É aqui nessa posição que ele começou, pois não tem a mesma intensidade para jogar pelo lado. Mas o Cavani vai voltar e essa foi uma decisão difícil para o Weah, que esteve em todos os jogos quando Neymar e os outros ainda não estavam com a gente”, destacou Tuchel.
O camisa 10 se reapresentou no PSG no dia 1º agosto. Três dias depois já estava em campo participando da vitória por 4 a 0 contra o Monaco, pela final da Supercopa da França, na China. A atuação nos 15 minutos finais só aconteceu por insistência de Neymar, relatou Tuchel.