Apesar de polêmico, Romário deu um verdadeiro show de bola por onde passou. Na sua trajetória como profissional fez 925 gols, a maioria com a camisa do Vasco da Gama. Dentre estes, 156 marcados pelo Campeonato Brasileiro, 233 pelo Campeonato Carioca e 36 pela Copa do Brasil, marca que o garantiu na artilharia da competição.
O seu milésimo gol aconteceu no dia 20 de maio de 2007, cobrando pênalti numa partida entre o Vasco, pelo qual ele jogava, e o Sport Recife, valendo pelo Brasileirão.
Passados cinco anos dessa marca histórica na carreira de jogador de futebol, o Baixinho continua marcando gols, mas, agora, fora de campo. Deputado federal pelo PSB, do Rio de Janeiro, ele é referência entre os parlamentares, por uma causa nobre: defender os direitos das pessoas portadoras de necessidades especiais no Brasil, país, que segundo uma recente pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência.
Romário tem uma filha, chamada Ivy Bittencourt, portadora de Síndrome de Down, com isso, aliou a paixão por ela ao esporte e à necessidade de contribuir, como deputado, com ações voltadas para a cidadania, educação, saúde e acessibilidade.
?Tenho uma filha especial e só quem passa por isso sabe que a gente tem por obrigação de ser uma pessoa melhor, ter um mundo diferente. A minha filha só tem bondade, só traz bondade. Ela me fez ver coisas que não conseguia ver, porque nunca tinha tido contato com uma pessoa com deficiência. E essa minha luta na política pelas pessoas com deficiência, ela, sem dúvida, é a responsável?, afirmou Romário.
Utilizar o esporte, através da realização de jogos, como meio de inclusão tem sido uma constante na rotina do ex-atacante da seleção brasileira. Em mais uma destas atividades, Romário, ídolo e parceiro dos especiais, foi a sensação do ?Jogo da Inclusão?, ontem, em Teresina, envolvendo os portadores de necessidades do Piauí.
O ginásio Verdão foi o palco do encontro e da exibição dos atletas que mostraram a capacidade de superação de seus próprios limites, através do esporte. Participaram da partida, amputados que fazem parte do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir). Outros portadores de necessidades físicas, auditiva, visual e intelectual também fizeram parte.
?Participei de eventos em outras capitais, não só do Nordeste, mas de outros Estados, aqui estão todos de parabéns. Quero aproveitar a oportunidade para agradecer o convite feito pela deputada Reijane Dias, sei que aqui em Teresina é um exemplo que se dá e por isso estou feliz em participar de um evento desta grandeza?, ressaltou o deputado.
Durante coletiva, Baixinho aprova a gestão do substituto de Ricardo Teixeira
O deputado federal Romário, pelo PSB do Rio de Janeiro, mesmo sendo um crítico às ações da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), disse ontem em entrevista coletiva, em um hotel de Teresina, que aprova a nova gestão do atual presidente da entidade, José Maria Marin, substituto de Ricardo Teixeira.
?Ele tem até me surpreendido, quando assumiu disse que ia seguir o deixado pelo Ricardo Teixeira, mas graças a Deus está fazendo totalmente diferente. Acredito que agora o Brasil começou a ter uma nova cara no futebol. A tendência é que daqui para frente comece a melhorar e as notícias negativas, de corrupção e de roubo e possa pensar na CBF numa entidade que seja para que o nosso futebol seja cada vez melhor?.
O Baixinho está atento ao andamento das obras de preparação da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, ao ponto de afirmar que o evento ?será o maior roubo da história do Brasil?. Questionado sobre este fato, disse que ?infelizmente as obras estão muito atrasadas, principalmente o que seria o maior legado que é a mobilidade urbana, apenas 5% do total de obras já se iniciou e apenas 2% estão dentro do cronograma previsto. Muitas obras deverão entrar no período emergencial que não precisará de licitação. O gasto será farto e não terá trabalho de fiscalização?.
Apesar das críticas, o deputado espera que a Copa no Brasil seja um sucesso, dentro e fora de campo. ?O povo brasileiro que ama o futebol e que vai ao estádio, merece. Hoje, infelizmente, o Brasil não teria nenhuma chance, mas como ainda tem tempo para fazer uma seleção mais forte, acredito que a gente possa disputar o título?.
Romário explica sobre a liberação da venda de bebidas alcoólicas durante a Copa do Mundo. ?Vai ser liberada na Copa do Mundo e na Copa das Confederações. Quando o Brasil se prontificou em trazer a Copa para cá, assinou um documento que tinha que abrir mão disso. Passou pela nossa casa, na Câmara, pelo Senado. A Lei da Copa não é totalmente desfavorável ao povo brasileiro, mas dentro do que nós deputados federais e senadores poderíamos ter feito, foi feito?, justifica o parlamentar.
Ex-atacante volta a criticar Mano Menezes
Romário, ex-atacante da seleção, não escondeu o desejo de ver Joel Santana no comando da seleção canarinho. Ele criticou a atuação do atual técnico, Mano Menezes, à frente do time brasileiro.
"É um direito dele, Mano Menezes, achar que eu, como um brasileiro, queira ver um dia o Joel como treinador da seleção brasileira.Eu respeito a opinião dele, mas repito gostaria de ver o Joel como treinador da seleção".
Quanto aos jogadores que estão sendo convocados por Manos para vestir a camisa verde amarela, Romário elogiou o lado individual, mas revela que o coletivo ainda deixa a desejar. "Em todas as convocações que ele (Mano) fez, eu faria de 70% a 80%. Infelizmente quando ele junta os onze jogadores as coisas não vem a acontecer, já teve oportunidade de disputar uma Copa América, o resultado não foi positivo, vamos ter uma Olimpíada, na minha opinião, ele não era para ser o treinador, era o Ney Franco, mas já que é o Mano a gente vai torcer".