Após o anúncio da reeleição para o seu segundo turno, a presidente Dilma Rousseff (PT), colocou como uma das suas pautas principais o esporte. E é nessa área que Dilma afirmou que vai investir no esporte olímpico para deixar o Brasil entre os 10 primeiros no quadro de medalhas dos Jogos do Rio-2016. O documento está no site de sua campanha.
“Além dos investimentos na organização dos Jogos e na infraestrutura de equipamentos olímpicos, assumimos, em parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro e o Comitê Paraolímpico Brasileiro, o desafio de proporcionar condições para que o Brasil figure, em 2016, entre os dez primeiros colocados nos Jogos olímpicos e entre os cinco primeiros nos Jogos Paraolímpicos'', afirma o documento.
Para isso, o governo aposta no investimento de R$ 1 bilhão no chamado “Plano Medalhas'' em um total de 21 modalidades olímpicas e 15 paraolímpicas. O dinheiro -não se sabe ainda se a meta será atingida- têm sido dado via estatais, recursos diretos do Ministério do Esporte, lei de incentivo, entre outros. A maioria dos valores é gerido por terceiros, confederações, federações e COB.
O problema é que o investimento só começou em 2013, ou seja, é ainda menor do que o ciclo olímpico que começou ao final de Londres. O Reino Unido e a China obtiveram saltos de medalhas em seus Jogos em casas (2008 e 2012) com programas estruturados antes do início do período. O Brasil demorou a se mexer.
Pelo padrão de Londres-2012, atingir a décima colocação exigirá do país mais do que dobrar o número de medalhas de ouro obtido na edição europeia. O Brasil levou três ouros, e 17 pódios no total, acabando em 22o.
A Austrália, décima colocada, garimpou sete ouros, e um total de 35 medalhas. Há países como menos pódios como Hungria e Itália, mas com um número maior de ouros. A estimativa do COB é de que precisa-se de pelo menos 30 pódios para atingir a meta prevista.
Além das medalhas, o governo federal promete dedicar-se a executar uma Olimpíada que classifica como um “desafio''. E quer a reformulação do sistema nacional de esporte, que nunca foi realizada por nenhuma gestão até agora.
Há uma frase sobre o principal esporte do país: “É urgente modernizar a organização e as relações do futebol, por exemplo, nosso esporte mais popular''. O atual governo se mobiliza pela aprovação da LRFE (Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte) para equacionar as dívidas de clubes de futebol, que está em negociação no Congresso com contrapartidas dos dirigentes.
Mas não há projetos mais claros sobre quais as diretrizes do restante da reestruturação pensada para o futebol. Não é citado no programa nenhum compromisso com o “Bom Senso FC'' ou a “Atletas pelo Brasil'', formados por atletas e que pregam reformas nas atuais entidades esportivas. O candidato de oposição Aécio Neves (PSDB) tinha estabelecido um acordo com esse segundo grupo.
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