Nova posição de Philippe Coutinho faz seleção brasileira melhorar

Isso não significa dizer que este é um formato para o Mundial

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A seleção brasileira começa a trabalhar nesta terça-feira (12), em Sochi com uma certeza: o amistoso com a Áustria mostrou um time melhor, mais leve, técnico e atraente do que no primeiro tempo contra a Croácia. Tite deve iniciar a Copa com Philippe Coutinho como um dos meias, ao lado de Willian, Neymar e Gabriel Jesus. O que não significa dizer que este é um formato para o Mundial inteiro.

A entrada de Coutinho no lugar que já foi de Renato Augusto e Fernandinho acrescentou soluções contra uma defesa fechada. Ele, Marcelo e Neymar se moviam, alternavam posições e abriam espaços num setor esquerdo técnico ao extremo. Coutinho é ótimo ao se aproximar para trocar passes, é técnico e decisivo com passe e chute perto da área rival. Criar condições para que traga a bola da esquerda para o centro e chute é extrair parte do que ele tem de melhor. Mas futebol é quase sempre um cobertor curto.

A Áustria não o fez, mas em algum momento rivais pressionarão o Brasil em seu próprio campo. Ou irão propor um jogo franco. Neste aspecto, a seleção agruparia, pelo lado esquerdo, três jogadores que não têm na marcação seu ponto forte: Coutinho, Marcelo e Neymar. Times mais fortes exigirão transições: passar rapidamente da posição de ataque à de defesa e cobrir extensões de campo em menor tempo possível. E, para tal tarefa, Tite citou Casemiro e até Paulinho, em tese um meia pela direita. Isso vem com treino.

Mas o decorrer a Copa pode mostrar a Tite que não será possível abrir mão da fórmula com Fernandinho. Para ganhar força, pernas no meio. Ganha-se em um aspecto, perde-se em outro. O tal cobertor curto. É por isso que Tite evite decretar que a opção por iniciar o Mundial com Coutinho pelo meio signifique abandonar outros planos

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