O mito do sexo e atletas: é bom ou ruim antes de uma competição?
- O que a ciência diz?
Desde a antiguidade, na Grécia e em Roma, pensava-se que a abstinência sexual era necessária, visto que deveria haver uma comunhão entre corpo e espírito.
- O que a ciência diz?
Como médicos do esporte, quando falamos sobre desempenho, temos diferentes maneiras de monitorá-lo e medi-lo. Você pode medir força, resistência aeróbia, tempo de reação, memória, potência, flexibilidade, níveis de testosterona, colesterol e glicose no sangue, entre outros.
Portanto, estudos têm sido realizados para medir algumas dessas variáveis em relação às mudanças no desempenho esportivo após a relação sexual.
Esses tipos de estudos foram iniciados em 1968 por Johnson (Muscular performance following coitus∗. Journal of Sex Research) e em 1981 por Anshel (Effects of sexual activity on athletic performance. Physician Sports Med.), para tentar demonstrar mudanças de desempenho associadas à atividade sexual. Mas, naquela época, não havia base para a realização de estudos científicos clínicos rigorosos.
Consequentemente, os estudos realizados são falhos na base e não são abrangentes. Revisões sistemáticas e meta-análises são realizadas a fim de encontrar as melhores evidências por meio da revisão rigorosa das publicações sobre um tópico.