Thaísa supera rotina de dores e busca terceira medalha olímpica em Paris

Atleta diz que sente dores todos os dias, independente do momento e nem precisa estar em quadra para sentir dor. “Acordo já sentindo dor, mas são escolhas”.

Thaisa busca terceira medalha olímpica em Paris | Wander Roberto/Cob
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Ícone do esporte brasileiro, aos 37 anos, a bicampeã olímpica Thaísa Menezes está determinada a competir nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Apesar das sequelas de várias lesões e das dores diárias, dentro e fora das quadras, o que a motiva é o amor pelo esporte e a vontade de retribuir tudo que o vôlei lhe proporcionou. Ela sonha em conquistar uma terceira medalha olímpica, de preferência dourada. A caminhada rumo a esse objetivo começa na próxima segunda-feira (dia 29), quando o Brasil enfrenta o Quênia.

Obstinação

"Minha ambição é buscar mais uma medalha olímpica, de preferência o ouro. O que me trouxe de volta é o amor por esse esporte que mudou minha vida, a vida da minha família e me transformou como pessoa. É o amor pelo esporte que me move tanto na seleção brasileira quanto no clube. É uma rotina muito cansativa, mas vale cada segundo", afirmou Thaísa durante um treino aberto no Gymnase Des Docks, uma das estruturas da base do Time Brasil em Saint-Ouen.

Amor ao esporte

Ao refletir sobre sua carreira, Thaísa revelou que, quando era mais jovem, considerava tudo muito normal. "Com o tempo, percebi o quanto vou sentir falta quando tudo isso acabar. Muitas vezes deixei passar no automático e não vivi com tanta emoção e sentimento quanto agora. É o amor por tudo isso, pelo meu país, pelo meu esporte”, acrescentou a jogadora de 1,96m.

Thaísa sonha em conquistar terceira medalha olímpica, de preferência a dourada (Wander Roberto/COB)

Dores diárias

Para manter-se em alto nível, Thaísa adota cuidados especiais em sua rotina, incluindo o uso de uma proteção no joelho esquerdo para treinar e jogar. "Sinto dor todos os dias, independentemente do momento. Hoje, nem preciso estar em quadra para sentir dor. Acordo já sentindo dor, mas são escolhas. Escolhi passar por isso, já sabia que isso iria acontecer. Então, preciso estar pronta. Fico na fisioterapia, me preparo na academia. Quando você está focada mentalmente, até as dores você consegue superar’’, explicou ela.

História

Thaísa se emocionou ao revisitar sua trajetória gloriosa nos Jogos Olímpicos e refletir sobre sua estreia aos 21 anos, quando conquistou uma medalha de ouro. "Eu diria para a Thaísa de 21 anos aproveitar e viver intensamente essa experiência. Estar nos Jogos Olímpicos não é normal, é o que todos os atletas do mundo buscam e nem todos conseguem. Eu estava feliz, mas não tinha noção da grandeza. Eu diria para ela se cuidar, focar na parte física e mental, porque você vai precisar lá na frente, hoje, principalmente."

Última participação

Por fim, Thaísa, visivelmente emocionada, compartilhou seus sentimentos sobre esta ser sua última participação com a seleção brasileira. "Estou um pouco sentimental ultimamente. Não gosto de chorar, mas me emociono, porque vai ser a última com a seleção", concluiu ela.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES