O jornal "Marca" frisa na edição deste domingo que o pai de Neymar Júnior se comprometeu a fechar negócio com o Paris Saint-German assim que o clube francês depositar os 222 milhões de euros da cláusula de rescisão com o Barcelona. O diário britânico assegura que apenas o PSG se mobilizou na estratégia de driblar a regulação financeira da Uefa para contratar o brasileiro, depois de o atacante ter sido oferecido ao Manchester City e ao Manchester United.
A revelação do jornal, que cita fontes dos bastidores da negociação, reforça a visão de que Neymar galga o protagonismo no futebol internacional fora da sombra de Lionel Messi. O brasileiro teria concordado em assinar por seis temporadas com o PSG, com salário de 30 milhões de euros anuais — o mesmo da estrela argentina no clube catalão.
De acordo com o "Marca", o PSG "mantém a prudência" para evitar uma "nova decepção": na temporada passada, o pai de Neymar também teria confirmado a saída do craque do Barcelona, o que não se realizou. Mas a equipe francesa já estuda como encaixar a contratação do brasileiro nas regras financeiras da Uefa. A diretoria do time catalão confia que o atacante não sairá justamente por ser "impossível" pagar a cláusula sem infringir a regulação. As dez máximas da Uefa visam a limitar o endividamento dos times europeus.
O jornal apurou que a administração do PSG quer entregar a Neymar um contrato pessoal de patrocínio dos Investimentos Oryx Qatar Sports, ligados ao clube. O próprio jogador, assim, pagaria a cláusula, sem afetar as contas do time. A Uefa já bloqueou um acordo do tipo em 2013, quando um aporte milionário do Turismo do Catar nos franceses foi considerado uma operação fictícia.
Em 2014, o PSG foi sancionado por violar o limite de despesas na janela de transferências. Desta vez, segundo o "Marca", o clube está disposto a encarar os riscos para ter Neymar.