Palmeiras fala de novo um “não” para Kardec, e atacante começa a se irritar

Ele tem vínculo com a equipe do Palestra Itália até o dia 30 de junho, mas quer acertar sua permanência um mês antes disso.

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Alan Kardec fica cada vez mais distante de acertar a sua renovação com o Palmeiras. Nesta sexta-feira, seu pai e empresário, que é xará do atacante, demonstrou irritação pela novela que se transformou a negociação entre seu filho e o clube.

Mais do que isso, o artilheiro do Campeonato Paulista começa a ficar desgastado com a falta de um acerto e com o tempo correndo. Ele tem vínculo com a equipe do Palestra Itália até o dia 30 de junho, mas quer acertar sua permanência um mês antes disso.

"Os entraves que surgiram após aquela conversa não foram removidos ainda. São coisas pequenas, que deveriam ser insuficientes para travar essa negociação de contrato, de salário. Diversas vezes reduzimos números em prol de facilitar a negociação e infelizmente não tivemos o ok do Palmeiras", disse o empresário do jogador à Rádio Transamérica. "Não queremos nem o 10º salário do Brasil, nem o primeiro, nem o segundo, nem o terceiro salário do Palmeiras".

"Eu estou preocupado, inclusive, porque começo a perceber um prejuízo físico e mental ao meu filho. Quando eu digo físico, porque ele acorda vários dias com dor de cabeça pela manhã. Mental por causa da pressão dele não saber o que vai ser", completou.

Além de ainda não ter acerto de salário, Kardec quer algum tipo de garantia caso sofra alguma lesão defendendo o Palmeiras. Na visão de seu estafe, um problema grave que o tiraria dos gramados por muito tempo geraria um prejuízo financeiro muito grande por causa do salário de produtividade.

Outro ponto levantado pelo pai do melhor atacante do Paulista fica por conta do que pode acontecer neste período de indefinição. "Um jogo de futebol pode ocasionar alguma lesão. Se isso acontecer antes dele acertar e ele esteja jogando pelo Palmeiras, será que o clube vai comprar o jogador mesmo assim? Será que outro clube que possa ficar interessado vai comprar o jogador?", questionou.

O contrato oferecido pelo Palmeiras é de cinco anos e é baseado na produtividade. O valor para a compra de seus direitos é fixado pelo Benfica em cerca de R$12 milhões. Esse valor, no entanto, é acordado verbalmente entre os presidentes. No papel, o valor fixado é maior e chega perto dos R$ 20 milhões.

Atualmente, Kardec tem recebido sondagens de outros clubes, mas ele só poderia acertar após o dia 30 de junho, que é o prazo de seu contrato. O Benfica também tem o direito de cobrar qualquer outro valor para outro clube que não seja o Palmeiras, uma vez que o valor fixado serve apenas para que seu vínculo seja estendido.

"Um dos grandes problemas é que eu tenho falado que meu filho quer muito ficar. E às vezes você se desfavorece na negociação. Eu acredito no ditado dos antigos. Quem desdenha quer comprar e a gente sempre mostrou que queria ficar", afirmou. "Em qualquer negociação que você mostra muito querer, na negociação, a postura é que imagina que não precisa fazer muitas ou alguma concessão", finalizou.

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