Lucas Paquetá estava no lugar certo (ou quase isso) e na hora certa (definitivamente) nesta quinta-feira. O problema é que Thiago não estava. Enquanto o substituto do suspenso Guerrero mostrou oportunismo para abrir o placar - em posição de impedimento - contra o Cruzeiro, o goleiro que ganhou a vaga do contestado Alex Muralha falhou aos 38 do segundo tempo e cedeu o empate em 1 a 1 no primeiro jogo da final da Copa do Brasil.
O segundo jogo decisivo será disputado no dia 27 de setembro, no Mineirão, em Belo Horizonte. Não há critério de gol fora de casa na final da Copa do Brasil. Ou seja: qualquer empate leva a decisão do título para os pênaltis, e quem vencer será campeão.
- Fui tentar segurar ela (a bola) e soltei. Errei. Mas é ficar de cabeça erguida - disse Thiago após a partida.
O Flamengo tinha volume de jogo, mas mostrava dificuldade para vencer o goleiro Fábio, que se destacava com boas defesas na meta do Cruzeiro. O roteiro persistiu até os 30 minutos da etapa final, quando Réver pegou uma sobra dentro da área cruzeirense e soltou um chute forte. Fábio, mesmo desequilibrado, fez milagre e defendeu em cima da linha, sem ser enganado por desvio de Willian Arão no meio do caminho.
Só que Lucas Paquetá estava atento ao rebote e, de bico, achou o fundo da rede. Aos 20 anos, Paquetá se credenciou a herói improvável e chorou na comemoração do gol. Pouco importava para o jovem meia-atacante, improvisado no comando do ataque, que sua posição fosse irregular após o desvio de Arão. O árbitro também não viu isso e validou o gol.
Bastaram oito minutos, no entanto, para que aparecesse um ponto fraco conhecido no time rubro-negro: o gol. Enquanto Fábio brilhava no lado do Cruzeiro, o goleiro Thiago, de 21 anos, pouco trabalhou no primeiro jogo da final. Quando precisou entrar em ação, não esteve à altura.
Aos 38, Hudson arriscou um chute despretensioso de fora da área. Thiago espalmou para o meio da área e Arrascaeta, que havia acabado de entrar, só empurrou para o gol aberto.