O Grêmio pulou fora. Desistiu. Derrubou o rei. Misturou o tabuleiro. Tirou o time de campo. Pediu arrego. Não brinca mais.
Cansou de ser engambelado pelo quase cômico Assis.
E tarde demais, descobriu que palavra vale para alguns. Mas só para alguns.
Até me identifico com isso, jogo nesse time. Palavra, acima de tudo.
Mas é óbvio que, partir do princípio de que todos são confiáveis, é mais do que boa fé no ser humano. Na vida, é muito perigoso. No futebol, ingenuidade inaceitável.
Em se tratando do empresário e irmão de Ronaldinho, então, nem se fala. Paulo Odone, num misto de lamento e desabafo, quase convenceu de tão magoado e surpreso. Pareceu mesmo ser a última pessoa do Brasil a descobrir que não participava de uma negociação, e sim de um grande e patético leilão.
Não dá pra criticar a atitude do Grêmio de encerrar a conversa. Nem de decepcionar-se por não ter merecido prioridade sentimental do jogador que revelou, e que agora quer apagar de sua História.
Mas demorou demais. Ficou óbvio que o clube só desistiu quando sentiu que havia perdido o leilão. Querer sair por cima, como mocinho, não cola. Se não concordava com os métodos tortos e leiloeiros do negócio, deveria ter se retirado antes.
Teria se poupado de ser usado e exposto. E não teria passado o constrangimento de anunciar unilateralmente um acordo ? ?acordo? onde só um lado confirma?! ? e chegado ao cúmulo de montar e desmontar uma festa.
Enfim, um histórico e desnecessário mico.
Agora, o Flamengo que se vire e se cuide com Assis, este mesmo que afirmou há pouco ? pasmem ? que ?ainda nem conversou? com o clube.
Devem chegar a um acordo, claro. Todas as partes envolvidas querem. E a diretoria rubro-negra, desta vez, vem dando aula na condução do acerto.
Mas cautela nunca é demais.
Porque de Assis, já se sabe: sem documento assinado, reconhecido, autenticado e carimbado, palavra empenhada só rima com?