Ninguém tem dúvidas de que o esporte é um grande aliado no processo de reabilitação de pessoas com necessidades especiais. Por causa disso, hoje ele é usado frequentemente pelos centros de reabilitação e demais locais que atendem pessoas com algum tipo de limitação. No Piauí, além de outras práticas esportivas que já vem sendo bastante difundidas entre os paratletas, o parabadminton vem ganhando espaço entre esse público.
O esporte chegou a Teresina no ano de 2010 e desde então a adesão só vem crescendo e já se tornou aliado na recuperação da autoestima, melhoria da socialização, agilidade e coordenação motora de quem tem algum tipo de necessidade especial. ?O esporte em si já é muito prazeroso e quando a pessoa com deficiência física ou mental vê pessoas como ele fazendo a mesma coisa e sendo capaz de praticar aquele esporte, isso faz muito bem a eles?, disse o diretor de Parabadminton, na Confederação Brasileira de Parabadminton e treinador da equipe do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Tamyack Alves Macedo.
Ele explica que existem os praticantes com deficiência física e aqueles com deficiência mental. Dentro da deficiência física, existe a modalidade dos cadeirantes e aqueles que só tem limitações nos membros superiores e jogam em pé e há ainda os que usam prótese nos membros inferiores.
No Piauí, esse esporte já é praticado em instituições como a Associação de Amigos dos Autistas (AMA), no Instituto Federal do Piauí, dentre outras.
Quem também começa a dar os primeiros passos na difusão e uso desse esporte como método de terapia para quem tem limitações físicas ou motoras é o CEIR (Centro Integrado de Reabilitação). Praticado há poucas semanas, o esporte parece já ter conquistado quem faz reabilitação no Centro.
A prática do esporte no Ceir iniciou por causa da competição nacional que será sediada em Teresina, no final desse mês. O Centro montou um time para participar do campeonato, mas depois disso, o esporte deverá entrar na lista de atividades praticadas no local.
?Os paratletas do Ceir tiveram um desempenho muito bom e, por causa disso, nós achamos interessante formar esse time e colocá-los na competição. A ajuda do esporte na recuperação de quem está em processo de reabilitação é muito grande e vamos ver a possibilidade de inserir o Parabadminton no Ceir. Por ser um esporte barato, nós não precisaremos de grandes esforços financeiros?, afirmou o supervisor de reabilitação esportiva do Ceir, Childerico Robson.
Paratletas piauienses são destaque em competições
Apesar de ser uma modalidade relativamente nova no Piauí, o parabadminton não é usado apenas como forma de reabilitação e socialização de pessoas com necessidades especiais. O estado já tem bons resultados para apresentar, quando o assunto são competições esportivas. Diante disso, as expectativas para o Campeonato Brasileiro de Parabadminton, que pela primeira vez acontecerá em Teresina, entre os dias 26 e 27 de abril, são muito boas.
O estado vai participar com quatro equipes e a expectativa é que os resultados superem aquele registrado no último Campeonato Brasileiro, que aconteceu na cidade de Fortaleza, no Ceará, no ano passado. Na ocasião, o Piauí foi bronze três vezes. ?Sei que essa será uma competição difícil, mas o Piauí tem muitas chances de chegar ao pódio e com uma colocação ainda melhor do que no ano passado?, disse Tamyack.
O Campeonato Nacional de Parabadminton acontecerá no Theresina Hall e já conta com inscrições de atletas do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, além do Piauí. A inscrição custa R$ 40 e pode ser feita através do site www.badminton.org.br ou no email parabadminton@badminton.org.br.
?As pessoas devem participar, não só aquelas que competem, mas o público também. Elas verão que o parabadminton não é tão simples, mas um esporte de superação. Ele requer mais do paratleta do que o badminton requer dos seus praticantes?, finalizou o diretor de Parabadminton, na Confederação Brasileira de Parabadminton.