Em todos os clubes por onde passou, Alexandre Pato jogou como centroavante. Mas no São Paulo a situação é diferente. Com Luis Fabiano como intocável no setor, o camisa 11 vem treinando mais recuado, como segundo atacante, e atuou dessa forma contra o CSA, na última quarta-feira.
O técnico Muricy Ramalho escalou Osvaldo e Ganso ao lado dos dois, formando um quarteto no setor ofensivo. Para poder usá-los, porém, é preciso que marquem. Pato aprova essa função e diz não se importar em ajudar na parte defensiva.
- Estou em uma fase de aprendizado, alguém que vê de fora o que é melhor pra mim e para o grupo em campo, sempre vou aceitar. O Muricy olhou, viu que eu jogaria em uma outra posição, ele perguntou se eu me sentiria bem, eu disse que tentaria e me esforçaria. Ele me ajuda muito. Ainda tenho de melhorar muito a marcação. Na Europa eu marcava, mas era diferente. Aqui tem de ir até o fim acompanhando. Mas ele tem me ajudado e vou fazer o que ele pedir - disse.
- Todos têm obrigação de marcar, porque ninguém quer tomar gol. Todo mundo sendo um grupo, isso prevalece na hora do jogo. Temos de melhorar muito a marcação, todos sabem o que o Muricy vem pedindo. No Brasileiro o grupo vai estar muito mais qualificado na marcação - explicou.
De acordo com o atacante, a intensidade dos treinos faz com que os atacantes estejam preparados para ajudar na marcação sem cansar.
- Não é só no jogo, nos treinos também, os trabalhos têm ajudado muito, porque exigem muito da parte física. É coisa que eu não tinha encontrado antes, eu fico muito cansado após os treinos, fico na banheira de gelo. Vem me ajudando a não ficar cansado no jogo para poder ajudar na marcação - completou.
Na passagem pelo Corinthians, Pato chegou a ser utilizado algumas vezes ao lado de Guerrero, mais recuado. Nessas ocasiões, porém, o atacante teve desempenho abaixo do esperado..