Pivôs das polêmicas entre São Paulo e Corinthians no ano passado, Alexandre Pato e Rogério Ceni estão agora do mesmo lado. O discurso do atacante na chegada ao novo clube é apaziguador, com muito cuidado para evitar novos atritos com o maior ídolo são-paulino. Por isso, ele abre mão até de cobrar pênaltis vestindo a camisa tricolor.
? Acho que cobrar pênalti vai demorar um pouco, porque o batedor oficial é o Rogério ? limitou-se a dizer o camisa 11.
Uma penalidade, aliás, foi o bastante para Pato praticamente colocar um ponto final em sua passagem pelo Corinthians. O atacante ariscou uma cavadinha nas semifinais da Copa do Brasil, contra o Grêmio, em Porto Alegre, jogou a bola nas mãos do goleiro Dida e viu a vaga ir para o espaço, irritando dirigentes e torcedores.
Pato se esforça para mostrar que o clima entre ele o goleiro é bom. Tanto que em suas respostas na apresentação, terça-feira, no CT da Barra Funda, fugiu de todas as formas para não falar sobre os problemas que viveram na temporada passada, durante o Campeonato Paulista.
? O Rogério me recebeu muito bem quando pisei aqui no CT, de braços abertos. Gostaria de agradecer. Ele tirou foto comigo e com meu pai. A recepção de todos aqui está sendo muito importante ? desconversou.
Na fase de classificação do estadual de 2013, Ceni chutou o pé do atacante em uma dividida na área, e o árbitro marcou pênalti. Pato bateu e garantiu a vitória. O lance atrapalhou todo planejamento do goleiro para a temporada, já que necessitou de um longo período para curar a lesão.
Já na disputa por pênaltis que valia vaga na final, Pato teve a decisão em seus pés. Era o último a bater. Na primeira cobrança, errou, mas Ceni defendeu após se adiantar, fazendo a arbitragem repetir o lance. Na segunda chance, o atacante converteu e fez sinal de desdém para o goleiro.
Pato jura que ele e Ceni não falaram sobre o assunto desde que a negociação foi concluída.
? Conversamos sobre coisas do rachão que jogamos juntos. Dei umas assistências para ele. Conversamos mais sobre isso ? disse.