O ambiente nos preparativos para a despedida de Gabriel Barbosa, marcada para domingo no Maracanã no jogo entre Flamengo e Vitória, está longe de ser tranquilo. O ídolo rubro-negro solicitou um microfone para fazer um pronunciamento de despedida, mas o pedido foi vetado pelo presidente Rodolfo Landin.
O temor da diretoria é que o discurso de Gabriel pudesse ser usado com fins políticos, considerando que na segunda-feira (9) ocorre a eleição presidencial do clube. Aliados de Rodrigo Dunshee, candidato da situação, temem que Gabriel repita críticas feitas na final da Copa do Brasil, na Arena MRV.
Gabriel não foi relacionado para o jogo desta quarta-feira contra o Criciúma, oficialmente para se preparar melhor para a partida de despedida. No entanto, sua ausência, dada a situação do Flamengo na tabela e seu papel como reserva no time de Filipe Luis, não causaria grandes impactos. Nos bastidores, especula-se que Gabriel planeja se pronunciar no dia das eleições, dando a sua versão dos acontecimentos que levaram à sua saída.
A polêmica em torno da renovação
Entre os temas mais delicados está a negociação frustrada para a renovação de contrato. Gabriel teria desejado um vínculo de pelo menos três anos, com salários reajustados para R$ 2 milhões por mês, além de um bônus de 10 milhões de euros como "recompra" de direitos econômicos. A diretoria, no entanto, propôs apenas um ano de contrato, com aumento salarial, diante de sua queda de rendimento. Sem acordo, Gabriel selou sua saída, possivelmente para o Cruzeiro, onde pode ter conseguido as condições que desejava.
Apesar das divergências, Gabriel deixa um legado significativo no Flamengo, com gols em três finais de Libertadores e 12 títulos conquistados em seis anos. Que o futuro lhe reserve o sucesso almejado.