Com o título de campeão brasileiro nas costas, depois de ser um dos destaques do time na arrancada para a conquista, Petkovic não é mais o mesmo. O jogo contra o Madureira parece ter sido a pá de cal na sua confiança. O técnico Andrade o chamou apenas aos 34min do segundo tempo para entrar em campo, na sua última substituição.
Petkovic caminhou vagarosamente ao ser chamado e, em campo, tocou pouco na bola. O desânimo é evidente no jogador, que começou o ano cheio de expectativa, com um gol logo no primeiro jogo, até o episódio no Fla-Flu, que culminou em seu afastamento do grupo por 15 dias, suficiente para perder de vez a vaga e ser relegado à terceira opção.
A diretoria do Flamengo ainda não procurou Petkovic para renovar o contrato que termina em 15 de junho e nem deve procurar. Seu prestígio ainda resiste na arquibancada do Maracanã, onde seu nome é gritado pelos torcedores durante os jogos.
Entrando aos poucos:
"Vou usar o Petkovic da mesma forma que usei no ano passado. Ele vai entrar aos poucos no time e, quando estiver bem, certamente vai voltar a ser titular", afirmou o técnico Andrade. "Tirar o Vinícius Pacheco agora para colocar qualquer outro jogador seria uma injustiça. Ele não foi bem contra o Madureira, mas tem sido decisivo nos últimos jogos".
Aparentemente, Petkovic não tem problemas de relacionamento com o técnico Andrade e nem com os jogadores. Ele se indispôs publicamente apenas com o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, no intervalo do Fla-Flu, quando deixou o Maracanã, mesmo alertado pelo dirigente sobre a necessidade de ficar no estádio. O jogador alega que esperou no carro por um contato da diretoria.
"Sempre conversamos com ele e mostramos a sua importância para o time em campo, além de sua história no clube. Tenho certeza de que o Petkovic ainda vai ser importante como no ano passado, vai ter o momento dele. A gente entende a situação, porque ano passado ele jogava todos os jogos e agora não é bem assim", disse o lateral Leonardo Moura.