Aos 22, o estreante Arthur Nory venceu as polêmicas em relação a um episódio de racismo, em 2015, e deixou de ser apenas um coadjuvante na ginástica para brilhar no solo e ganhar a sua primeira medalha olímpica, um bronze. Mas os erros do passado recente ainda refletem na vida de Nory. Mesmo com um pedido de desculpas público para o também ginasta Angelo Assunção, o atleta lida com a aversão dos patrocinadores, que não esquecem o ocorrido.
— Todos cometem erros. Eu cometi, mas realmente me arrependi. Sofri muito e me arrependo até hoje, porque estou sem patrocínio, nada. Foi uma fatalidade, o perdão do meu amigo eu já tive. Mesmo sem patrocinador, vim para dar o meu melhor. Vim para fazer o que sonhei a vida inteira, com o que amo. Agora, é comemorar com as pessoas que estão do meu lado, e acreditaram em mim desde o começo — diz.
Atleta da aeronáutica, Nory só recebe a ajuda de custo da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e o Bolsa Pódio, que ele ainda não sabe se irá manter.
— Nunca tive patrocinador. Sou atleta da Aeronáutica e recebo Bolsa Pódio. Ainda não sei se acaba ou se continua, não me passaram nada — diz o medalhista.