A Polícia Civil de Minas Gerais tornou público um vídeo que mostra o momento exato em que o ônibus transportando torcedores do Corinthians capotou na rodovia Fernão Dias, próximo a Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O incidente ocorreu no domingo, após a equipe enfrentar o Cruzeiro. Das 43 pessoas a bordo, sete perderam a vida, enquanto outros ficaram feridos e estão sendo tratados em Betim e Belo Horizonte.
As imagens de vídeo mostram quando o ônibus capotou, formando uma gigante fumaça de poeira por conta do acidente.
A primeira perícia apontou que o ônibus apresentava desgaste nos pneus, problemas nos freios e assentos sem cinto de segurança. O delegado Elton Cota Lopes, do Departamento Estadual de Investigações de Crimes de Trânsito de Minas Gerais, ressaltou que não foram encontrados indícios de frenagem na rodovia por onde o ônibus passou.
O motorista do veículo, Cleber Felipe Vicente Martins, 39 anos, encontra-se internado em estado delicado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Público Regional de Betim. Apesar disso, ele está respondendo bem ao tratamento médico.
De acordo com a Polícia Civil, o motorista enfrentará acusações de lesão corporal e homicídio culposo. A instituição também planeja requisitar um exame toxicológico do motorista, além de investigar a situação do veículo junto ao Detran de São Paulo, o estado de origem, para verificar multas e autuações ligadas a questões de trânsito.
O ônibus, registrado à empresa C.F.V. Martins Transportes - ME, com placa de Jacareí (SP), foi contratado por uma subsede da Gaviões da Fiel do Vale do Paraíba, em São Paulo, para transportar torcedores de diversas cidades. O motorista do ônibus, Cleber Felipe Vicente Martins, também foi identificado como proprietário da empresa.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) observou que o veículo estava em situação irregular, sem registro ou autorização para efetuar transporte interestadual de passageiros. Além disso, o cronotacógrafo, conhecido como tacógrafo, estava vencido por quase três anos. Esse dispositivo é obrigatório para veículos de grande porte, transportando mais de dez passageiros e possa operar acima de 60 km/h.