Milhares de voluntários da Olimpíada do Rio de Janeiro estão reclamando das longas jornadas de trabalho e da falta de comida, alguns, inclusive, decidiram abandonar seus postos. As informações são do site The Independent .
Mais de 50 mil pessoas de todo o mundo se ofereceram para trabalhar de graça nos Jogos, em tarefas como ser motoristas dos atletas nos arredores da cidade, ajudar a organizar as filas e conferir os ingressos.
“Muitos também pararam por causa da comida. Eles eram orientados a trabalhar até 9 horas por dia e nesse período era oferecido apenas um lanche leve”, acrescentou. Luís Moreira disse que deixou a Rio 2016 devido à falta de “consideração com a vida e o bem-estar das pessoas” por parte da organização.
Já Aisha Marcelina, de 23 anos, que conduz os atletas da Vila Olímpica para outras partes da cidade, disse que, muitas vezes, os voluntários são forçados a fazer hora extra. “Eles nos pedem para entrar mais cedo e, depois, nos detém na hora de ir embora”.
De acordo com o jornal americano New York Daily News , apenas 35 mil voluntários continuam nos Jogos Olímpicos. A organização, no entanto, nega que as desistências sejam um problema.
“Essa porcentagem nos permite operar com uma margem confortável. A desistência de uma parcela já estava em nossos planos”, afirmou. Mario Andrada, porta-voz da Rio 2016, acrescentou que estão tentando corrigir os problemas apontados. “Temos uma força-tarefa que está trabalhando com eles”.