Na virada de 2018 para 2019, enquanto o Palmeiras pagava US$ 6,5 milhões (R$ 25,2 milhões na data) pela contratação de Carlos Eduardo do Pyramids, o Flamengo tirava Bruno Henrique do Santos por R$ 23 milhões. Criticado pela escolha feita na época, o então diretor de futebol do Alviverde Alexandre Mattos se defendeu e deu novos detalhes da história. Informações do site Terra
"O Bruno Henrique vinha de um ano de oscilação no Santos em 2018. O Palmeiras jogou com o Santos no final de 2018, ganhou por 3 a 2 e o Bruno Henrique foi reserva. Então, por mérito dele, ele virou o Bruno Henrique agora. Lá atrás ninguém questionava, não tinha pedido na internet para contratar ele. E ele não fazia parte dos pedidos técnicos da nossa comissão. A nossa comissão colocou duas, três situações, uma delas era o Carlos Eduardo, mas não colocou o Bruno Henrique", contou Mattos, hoje diretor do Atlético-MG, aos canais Fox Sports nesta quarta-feira.
"Mas acho uma maldade, uma sacanagem, hoje, falar que pagou a mesma coisa do Bruno Henrique. Não. Então vamos falar que o São Paulo comprou o Pablo por mais dinheiro que o Bruno Henrique, que o Corinthians paga mais salário para o Vagner Love e para o Boselli que (o Flamengo para) o Bruno Henrique. O Palmeiras acabou de comprar o Rony, todo mundo aplaudiu, se o Rony não der certo aí vão crucificar todo mundo lá dentro? Não, não é assim", seguiu o dirigente, que trabalhou no Palmeiras de 2015 a 2019.
Mattos elencou as três opções avaliadas pelo Palmeiras na época: Carlos Eduardo, que estava no Pyramids do Egito; Keno, que havia sido vendido pelo Verdão anteriormente ao mesmo clube egípcio; e Rony, que na época tinha um imbróglio com o time japonês Albirex Niigata.
"Agora (o Bruno Henrique) não era o jogador que estava na relação da nossa comissão técnica e análise. Não era. Era o Carlos Eduardo. O Rony; uma semana depois de vender o Keno nós contratamos o Rony, ele fez exame médico, contrato no Palmeiras, mas nosso departamento jurídico achou muito perigoso por causa da situação no Japão e vetaram a contratação. Nós tentamos fazer um acordo com os japoneses e o empresário do Rony não quis, disse que não daria dinheiro. Aí o Rony se perdeu. A verdade é essa", relembrou.
"Também tentamos repatriar o Keno, infelizmente era muita grana, muita grana, não foi possível. E o Carlos Eduardo era aprovado pela comissão técnica, pela análise de desempenho, e foi aprovado pelo diretor financeiro e o presidente do clube. E nós adquirimos o Carlos Eduardo, sem problema nenhum, como adquirimos outros que deram certo", concluiu o dirigente.