O alemão Michael Schumacher pode rever o seu plano de ficar três anos na Fórmula 1 e se aposentar novamente caso o chefe da Mercedes, Ross Brawn, seja demitido. De acordo com o site italiano 422race, o ex-corredor da Ferrari tem problemas com o diretor esportivo dos alemães, Norbert Haug.
O heptacampeão vem negando que o mau desempenho desta temporada possa influenciá-lo a parar antes do previsto, mas, de acordo com o site, o ex-piloto e atual comentarista da BBC, Eddie Jordan, descobriu que algo mudou. "Sei que alguma coisa fundamental mudou. Ele está desiludido e pensa em parar", disse o irlandês.
A empresária e porta-voz de Schumacher, Sabine Kehm, nega que o alemão esteja pensando em voltar atrás.
"Quando começou o cenário de um retorno, nós sabíamos da situação do carro. Por isso, fizemos um contrato de três anos. Não esperávamos voltar a vencer imediatamente naquela situação. Obviamente, preferíamos que isso acontecesse, mas é um projeto trienal para construir um time vencedor e estamos no meio dele", declarou.
Se de fato há problemas entre Haug e Brawn, será difícil para o alemão se livrar do inglês. Ao fim do ano passado, após ter sido campeão dos Mundiais de Pilotos e Construtores, o engenheiro vendeu 45% das ações da Brawn GP por U$ 170 milhões (R$ 290 milhões) à Mercedes, mas manteve 25%.
Os outros 30% já haviam sido cedidos ao consórcio Aabar. O diretor alemão, porém, nega que haja desentendimentos. "Estamos absolutamente juntos, trabalhando no carro do ano que vem", limitou-se a dizer.
A Mercedes ocupa a quarta posição no Mundial de Construtores, com 158 pontos, sendo 112 de Nico Rosberg, o sétimo entre os pilotos, e apenas 46 de Schumacher, o nono.