Nos dias anteriores a morte de Senna, em 1 de maio de 1994, outras duas tragédias já marcavam o fim de semana mais sombrio da história da Formula 1; Ronald Ratzenberger, que corria na MTV Simtek, morreu no dia anterior durante o treino de classificação.
Rubens Barrichello quase se vitimou fatalmente na sexta-feira, também por um acidente de alto impacto no autódromo de San Marino, se afastando das pistas temporariamente e sofrendo de amnésia nos dias seguintes ao acidente. Senna não apenas estava inquieto pelas tragédias, mas chegou a solicitar o cancelamento da corrida, decisão desacatada pela FIA.
Giorgio Teruzzi, jornalista que cobriu a corrida, escreveu em ‘L’ Ultima Notte di Ayrton Senna’,que Senna estava inquieto. Em entrevista ao El País, ele relembrou uma conversa de Ayrton com Adriane Galisteu, então companheira.
“Tudo está uma merda, um austríaco bateu e se matou. Eu vi tudo. Morreu na minha frente. Sabe de uma coisa? Eu não quero correr”, disse ele, conforme dito pelo repórter. A conversa fora confirmada pela apresentadora: “Nunca tinha escutado Ayrton falar desse jeito”.