Devo, não nego, pago quando puder. Este provérbio retrata bem a forma que a atual diretoria do Flamengo vem encarando o momento delicado pelo qual o clube atravessa. A razão é o bloqueio da verba da Caixa Econômica, pela dívida de R$ 80 milhões, referente aos anos 1990, na gestão do então presidente Kleber Leite, e inscrita no Banco Central.
Mesmo com as dificuldades, o presidente Eduardo Bandeira de Mello afirma estar tentando, de todas as maneiras, reverter o bloqueio do patrocínio máster do clube para o pagamento das dívidas e deixar em dia os salários do elenco.
? Estamos tentando contornar isso e tenho certeza que conseguiremos. A questão de dívida para nós é simples. Se nós, efetivamente, devemos, nós vamos pagar. Então, como qualquer dívida, nós apuramos o que devemos, alguma coisa pode ser questionada na Justiça, e a Justiça existe para isso. Vamos pagar com sacrifício, como estamos pagando as atuais. E isso não vai impedir a manutenção da política de responsabilidade do Flamengo. Não foi por causa desse contratempo momentâneo que deixamos de pagar os impostos e os parcelamentos que já fizemos - explicou Bandeira de Mello.
De acordo com o presidente rubro-negro, o problema salarial afeta apenas os jogadores, e não os demais funcionários do clube, mas garantiu que cumprirá com as obrigações com os atletas o quanto antes:
? O salário dos funcionários está em dia. Já com os jogadores há uma pendência pequena, que nós resolveremos assim que resolvermos essa questão do pagamento da Caixa Econômica e do Banco Central.