Prisão e festa argentina marcam terceiro jogo da Copa no Mineirão

Problemas com alimentos e imensas filas são parcialmente resolvidos. Banheiros lotados são a bola da vez no estádio de Belo Horizonte

Polícia conseguiu prender 19 "barrabravas" em BH | Agência Getty Images
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Assim como no Maracanã, na estreia da Argentina, brasileiros e hermanos voltaram a se desentender no segundo jogo deles na Copa do Mundo, no Mineirão. Mas, não na mesma proporção do ocorrido no Rio de Janeiro, quando inúmeras rixas e problemas entre brasileiros e hermanos foram detectados. Em Belo Horizonte, o uso de força pela polícia na escolta da delegação que chegava ao Mineirão e a prisão de 19 ?barrabravas? (como são definidos os torcedores violentos do país vizinho) mancharam a bonita e animada festa argentina antes, durante e depois da partida.

Cerca de 1.200 policiais militares, em 800 viaturas trabalharam na segurança. Um número aproximado de quatro mil argentinos que estavam sem ingressos foram impedidos de ter acesso ao perímetro Fifa.

No Mineirão, inflamados pela esperança de voltarem a comemorar o título que não vem desde 1986, os hinchas fizeram uma bela festa. Por inúmeras vezes provocaram os brasileiros, que em sua maioria, levaram na brincadeira.

A melhora em alguns pontos do atendimento ao torcedor com relação aos outros dois jogos realizados no Mineirão também ajudou o clima a ficar amistoso. Nas partidas Colômbia x Grécia e Bélgica x Argélia os problemas com alimentos e filas quilométricas na busca pelo famoso feijão tropeiro foram o grande foco de reclamação. Já no encontro entre argentinos e iranianos o problema foram mais raros. Filas existiam, porém mais organizadas e com atendimento mais rápido. Em alguns bares do portão F não havia sanduíches quentes antes do início do jogo. No restante do bares, o estoque de cachorros-quentes e outros sanduíches durou até depois da disputa.

O ponto negativo da vez foi relacionado aos banheiros, principalmente os masculinos. As filas eram enormes, e os sanitários destinados a pessoas com necessidades especiais acabaram se tornando a solução. Já para as mulheres, alguns vasos danificados e problemas de alagamento eram as reclamações mais frequentes.

Brasil x Argentina

Apesar de a partida envolver o Irã, o número de torcedores verdadeiramente do país não devia chegar a mais de 5% do total.

Porém, eles contavam com o apoio de muitos brasileiros que quase dividiam o número total de cadeiras com os hermanos. Apesar dos problemas isolados de princípios de confusões e até do clima tenso em alguns momentos, o número de policiais envolvidos na segurança, bem superior ao dos outros dois jogos, pareceu ter ajudado para que prevalecesse a esportividade típica de Copas do Mundo.

Com o triunfo suado, num gol de Messi já nos acréscimos, o clima de festa voltou a dar o tom do clima, tanto que na saída do estádio não foram observadas grandes confusões. Alguns mais exaltados pegaram carona em um carro do Corpo de Bombeiros que passava pela Avenida Abrahão Caram. Outros subiram nos carrinhos elétricos que ajudam no transporte e locomoção de pessoas idosas ou com alguma necessidade. Precisaram ser contidos pela polícia, mas nada que abalasse a festa que não tinha hora para acabar dos já classificados argentinos.

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