Com informações do Imortais do Futebol
Data: 28 de novembro de 1999
O que estava em jogo: a vitória, claro, na primeira partida da seminal do Campeonato Brasileiro de 1999
Local: Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi), em São Paulo, SP, Brasil
Juiz: Edílson Pereira de Carvalho (SP)
Público: 46.396 pessoas
Os Times: São Paulo Futebol Clube: Rogério Ceni; Wilson, Nem (Carlos Miguel) e Paulão; Jorginho, Edmílson, Fabiano (Jacques), Raí e Fábio Aurélio; França e Marcelinho Paraíba. Técnico: Paulo César Carpegiani.
Sport Club Corinthians Paulista: Dida (Maurício); Índio, Nenê, Márcio Costa e Kléber; Rincón, Vampeta, Ricardinho (Edu) e Marcelinho; Edílson e Luizão (Dinei). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
Placar: São Paulo 2×3 Corinthians (Gols: Nenê-COR, aos 23′, Raí-SPO, aos 29´, Ricardinho-COR, aos 31´ e Edmílson-SPO, aos 40 ´do 1º T; Marcelinho-COR, pênalti, aos 8´do 2º T).
“Dida 2×0 Raí”
Morumbi, 28 de novembro de 1999. Dezessete minutos do segundo tempo. O maior ídolo da história do São Paulo à época está pronto para bater um pênalti. A cobrança é decisiva, anal, seu time perde por 3 a 2 para o Corinthians e um empate àquela altura mudaria toda a partida. O camisa 10 bate. Mas um gigante, de quase dois metros de altura e extremamente ágil, voa para defender a bola. O camisa 10 não acredita no que vê. O tempo passa. A partida se encaminha para o nal quando o São Paulo tem mais um pênalti a seu favor. Cronômetro nos 45 minutos. Outra vez o camisa 10 na bola. Outra vez o gigante mais frio que gelo no gol. Bola chutada. Bola defendida de maneira ainda mais incrível que na primeira vez. Na sequência do lance, como quem se enche de raiva diante de um adversário intransponível, o camisa 10 faz um corte no joelho do camisa 1, que não resiste e deixa o campo. Mas entra para a história. Dida, camisa 1, goleiro do Corinthians, 2. Raí, camisa 10, craque do São Paulo, 0. Naquela tarde / noite, os torcedores alvinegros, tricolores e todos os outros que gostam de um bom jogo de futebol presenciaram uma partida sublime, alucinante, eletrizante e majestosa, como manda e exige o apelido do clássico entre os rivais paulistas. Era apenas (apenas?!) o primeiro jogo da seminal do Campeonato Brasileiro de 1999, mas bem que poderia ser uma decisão de campeonato ou uma partida nal de Libertadores tamanho ritmo frenético que aquele clássico teve nos 90 minutos. Gols maravilhosos. Viradas. Bola de pé em pé. Tiradas em cima da linha. Lances mágicos. Teve de tudo. Inclusive dois pênaltis defendidos pelo maior pegador de pênaltis do universo naquela época: Dida, o gigante que transformou Raí, mítico meia que ganhou tudo e mais um pouco no começo dos anos 90, em jogador comum.