A repórter Allison Williams anunciou que está deixando a ESPN americana depois de ter comunicado à empresa que não se vacinará contra a Covid-19. Em um vídeo publicado ontem em seu perfil no Instagram, a jornalista afirmou que pediu que Grupo Disney, dono da emissora, abrisse uma exceção em sua política de vacinação para os funcionários, o que foi negado.
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Allison, que costuma cobrir basquete e futebol americano universitário à beira do campo, alegou questões "éticas e morais" para recusar a vacinação, além de temores em relação a uma futura gravidez. Órgãos de regulamentação sanitária, como o americano CDC e a brasileira Anvisa, além dos próprios fabricantes, garantem que os imunizantes não acarretam riscos às gestantes ou à fertilidade de homens ou mulheres.
"Além da preocupação médica sobre meu desejo de ter outro bebê e receber essa injeção, eu também sou moralmente e eticamente não alinhada com isso", disse ela em vídeo no Instagram. "Eu tive que ir a fundo e analisar meus valores e minha moral, e ultimamente tenho que colocá-los em primeiro lugar."
Em setembro, ela já tinha anunciado a recusa a se imunizar, classificando a decisão como "extremamente difícil". "Entendo que vacinas são essenciais no esforço de encerrar a pandemia, mas tomar a vacina nesse momento não é do meu interesse."
Em maio, a ESPN anunciou que todos os seus 5.500 funcionários que trabalham em estádios e arenas deveriam se vacinar até agosto, já que os administradores desses espaços estavam exigindo que os profissionais que os frequentam estejam imunizados. Na ocasião, a ESPN informou que pedidos de exceção seriam analisados caso a caso.
O debate sobre a vacinação tem sido recorrente nos esportes americanos, já que figuras importantes de ligas como a NBA já se disseram contra a imunização. A situação é um reflexo do que acontece no país, onde movimentos antivacina têm expressão e influência no público.