Rio 2016: Empresa que fornece camisinhas é investigada por fraude

De acordo com as investigações, nome usado pela empresa é fantasia

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A empresa contratada pelo Rio 2016 para distribuir camisinhas e lubrificantes íntimos na Vila Olímpica é investigada pela Polícia Federal nos inquéritos que apuram fraudes de mais de R$ 30 milhões em convênios do Ministério do Esporte, com confederações esportivas. O dono da empresa já prestou depoimento e negou participação, alegando ser vítima do esquema. O inquérito ainda não está encerrado.

A Social & Soluções, pertencente a Higor do Amaral Leite, foi a empresa escolhida pelo comitê para a distribuição dos preservativos. Serão 450 mil camisinhas ao longo de toda a competição, um recorde na história dos Jogos.

De acordo com as investigações, o nome usado pela empresa é fantasia. Em registros, ela aparece como Carioca Promo Consultoria LTDA. No inquérito, ela aparece como tendo participado de fraudes em licitações juntamente com a empresa SB Promoções, vencedora de diversos convênios do Ministério do Esporte nos últimos anos. 

A empresa das camisinhas, segundo as investigações, entrava na concorrência apenas de fachada, após combinação de preços com a SB que vencia as disputas. São mais de 15 contratos fraudados dessa forma, com a participação de ambas e uma terceira empresa, em entidades como a Confederações de Tiro com Arco, Esgrima, Tiro Esportivo, Taekwondo, Vôlei Paralímpico, entre outras associações.

O dono da empresa considerada cabeça da fraude é Sérgio Borges, ex-diretor da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Ele foi patrão de Higor em 2008 e parceiro do negócio de distribuição de camisinhas no início da empresa. Depois, apenas Higor continuou tocando o projeto, como contou o próprio em depoimento à Polícia.

No depoimento prestado à PF, o publicitário afirmou que nunca entrou em licitações com confederações esportivas e afirmou que sua assinatura, presente nos processos licitatórios, foram falsificadas. Segundo Higor, sua empresa foi usada indevidamente. Ele alega ser vítima do esquema.

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