A desistência de Pelé para acender a pira olímpica na abertura oficial da Olimpíada, nesta sexta (05), no Maracanã, não pegou de surpresa o Comitê Rio 2016. Internamente, já se cogitava da possibilidade de recusa do ex-jogador, quando, ao anunciar o convite, o próprio Pelé citou dois obstáculos, o de ter de consultar parceiros comerciais antes da resposta e um problema de saúde que o obriga a andar com bengala.
Mas, antes mesmo de convocar Pelé para a honraria, o Rio 2016 já trabalhava com outras três hipóteses para uma eventual substituição do maior jogador de futebol da história. Os nomes ainda são guardados a sete chaves, mas, o ex-tenista Gustavo Kuerten, o Guga, é apontado por muita gente, dentro do próprio comitê organizador, como um deles.
O motivo real da saída de cena de Pelé está relacionado à sua dificuldade de locomoção. Mas, entre jornalistas do mundo todo e gente que já conviveu com ele, especula-se que a decisão foi tomada porque Pelé não se sentiria confortável em se ver e ser visto por centenas de milhões de pessoas com uma bengala.
Muitos sabem da ligação estreita de Pelé com o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, que também dirige o Comitê Rio 2016. O ex-craque teria tornado público que recebeu o convite para deixar imune a críticas o dirigente. Assim, com a escolha de outro nome, Nuzman ficaria livre de questionamentos sobre o porquê de não ter chamado Pelé.