River se defende sobre escalação irregular em jogo contra Moto Club

Elizeu Aguiar, presidente do clube, argumentou que todas as consultas foram feitas para que o River pudesse se cercar de que o lateral não apresentava pendências

River | Victor Gabriel
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O presidente do River Atlético Clube, Elizeu Aguiar, concedeu entrevista coletiva na sede da Federação de Futebol do Piauí na tarde de ontem, abordando o caso do lateral-direito George Michael. O atleta virou o centro de uma polêmica depois que uma denúncia foi encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) dando conta de que o jogador teria sido escalado irregularmente na partida do Galo contra o Moto Club, em São Luís, no dia 31 de agosto.

Aguiar argumentou que todas as consultas foram feitas para que o River pudesse se cercar de que o lateral não apresentava pendências. A denúncia dá conta de que George teria atuado em mais de duas competições realizadas pela CBF no mesmo ano, o que contraria o artigo 49 do regulamento geral das competições do órgão, que determina o seguinte: “Um clube não poderá in- cluir, na mesma temporada, um atleta que já tenha atuado por dois outros clubes, em quaisquer das competições coordenadas pela CBF, com exceção das Copas regionais”.

George atuou pelo Potiguar de Mossoró na série C do Brasileirão, pelo CRB-AL na Copa do Brasil e, posteriormente, foi escalado na partida do River contra o Moto em São Luís, permanecendo no banco de reservas. Em sua fala, Elizeu criticou a CBF.

“O STJD tem que fazer uma avaliação de como os clubes brasileiros estão sendo tratados por aquela que deveria ser a mãe do nosso futebol. A CBF, que é quem cuida do futebol brasileiro, deveria ter um programa ou sistema que pudesse identificar eventuais pendências quando da inscrição de um atleta. Nós estávamos com o jogador regularizado no BID e temos documentos que comprovam isso”, disse o cartola.

A situação do treinador Flávio Barros também foi citada pelo presidente do Galo para evidenciar o desencontro de informações na Confederação. “O treinador chegou aqui apenado com uma suspensão de quatro jogos. Nós mandamos um documento para o STJD e para a CBF no dia 19 de agosto solicitando informações sobre o treinador e fomos informados inicialmente de que ele já havia cumprido essa pena. Três dias mais tarde, recebemos outro documento retificando a informação anterior e informando que ele ainda precisaria cumprir os quatro jogos. Ou seja, há uma desorganização interna na CBF e os clubes não podem pagar por isso”, disse.

O dirigente adiantou que o clube está contratando um advogado do Rio de Janeiro para defender o clube. “Não estamos jogando a toalha, muito pelo contrário. Acreditamos fortemente que vamos vencer as batalhas tanto dentro de campo, contra o Remo, no domingo, quanto fora, em relação a essa denúncia relativa ao nosso atleta. Já estamos constituindo nossa defesa para esse caso”, complementou Elizeu, alegando que, caso venha a perder pontos por conta da escalação de George Michael, o River ainda tem condições de se classificar se vencer os dois últimos jogos desta fase da série D.

O time embarca hoje rumo a Belém-PA e depois a Bragança, local do confronto contra o Remo, no domingo, às 15h30, no estádio Diogão. Os paraenses lideram o grupo A2 com 11 pontos. O River tem 10 - mesma pontuação do Moto Club, mas os maranhenses levam vantagem no saldo de gols.

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