Aos 36 anos e se aproximando da aposentadoria, Roberto Carlos começa a avaliar tudo o que construiu em quase 20 anos de carreira. Apesar dos inúmeros títulos pelo Real Madrid, seleção brasileira e de até ser considerado o segundo melhor jogador do planeta em 1997 (perdeu para Ronaldo), o lateral-esquerdo do Corinthians não considera que tenha um talento diferenciado da maioria e justifica o sucesso pela constância nas atuações.
- Nunca me achei um fora de série, o melhor do mundo. Em todas as equipes que passei mantive uma regularidade. Sendo regular, vou melhorando meu futebol aqui no Corinthians ? afirmou.
Dos sete jogos do Timão no Campeonato Paulista, Roberto Carlos foi titular em quatro pelo bom condicionamento físico. Como atuou pelo Fenerbahce-TUR até o início de dezembro, chegou ao Alvinegro com apenas 2% de gordura a mais que o ideal no corpo.
Em forma, o lateral-esquerdo acredita que já está adaptado ao estilo de atuar do futebol brasileiro. No clássico contra o Palmeiras, dia 31 de janeiro, ele foi expulso ao acertar um carrinho no atacante João Arthur, do Verdão, logo aos seis minutos do primeiro tempo.
- Já estou adaptado. Tenho que esquecer essa história de me readaptar. Minha família já está instalada, sei o caminho do treino e sei o que preciso fazer dentro de campo. Estou adaptado e louco para jogar o meu melhor futebol. Contra o Sertãozinho, consegui jogar bem. Agora, contra a Portuguesa, tenho que ser ainda melhor ? acrescentou.
Roberto Carlos só está estranhando ter de frequentar as marginais Pinheiros e Tietê. A última, aliás, fica ao lado do Parque São Jorge. Os locais possuem as maiores concentrações de carros da capital paulista.
- Nunca fui muito de sair pelas marginais. Estou vendo muito trânsito e enchente. O que tinha antigamente tem ainda hoje: violência e dificuldade de andar pelo centro em certos horários ? completou.