Robinho cumprirá cerca de 3 anos e meio antes de avançar para o regime semiaberto

Para conseguir isso, Robinho terá que manter um bom comportamento na prisão, algo que será avaliado pelo diretor da instituição onde está detido

Momento em que Robinho foi preso e vai cumprir pena em Tremembé | Reprodução
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O antigo atacante Robinho, detido na quinta-feira para cumprir uma pena de nove anos pelo estupro de uma mulher na Itália, provavelmente ficará cerca de três anos e meio atrás das grades antes de poder solicitar a progressão para o regime semiaberto.

Essa estimativa é baseada no artigo 112 da Lei de Execuções Penais, que estipula que, em situações como a de Robinho - um crime hediondo cometido por um réu primário - é necessário cumprir 40% da pena em regime fechado.

Requisitos: Para conseguir isso, Robinho terá que manter um bom comportamento na prisão, algo que será avaliado pelo diretor da instituição onde está detido.

Assim como outros condenados, ele terá a oportunidade de estudar ou trabalhar na prisão para reduzir sua pena total, o que afetará o tempo mínimo que ele deverá passar no regime fechado.

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O que diz a lei: Segundo a mesma Lei de Execuções Penais, o condenado pode "abater" um dia de pena para cada 12 horas de estudo - distribuídas em pelo menos três dias - e um dia de pena para cada três dias de trabalho.

Robinho foi encaminhado para a Penitenciária 2 de Tremembé, no Vale do Paraíba, na noite de quinta-feira.

Como sua pena é superior a oito anos, ele começará cumprindo-a em regime fechado. No regime semiaberto, os detentos podem trabalhar em colônias agrícolas ou industriais durante o dia e podem até trabalhar fora da prisão, mas devem retornar à noite.

O jogador foi preso após uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) na quarta-feira, que validou a sentença da Itália que o condenou a nove anos de prisão pelo crime cometido em 2013.

Justiça: Robinho recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal), mas teve seu pedido de Habeas Corpus negado pelo Ministro Luiz Fux. A defesa pretende apelar novamente, mas é provável que isso só aconteça após a Páscoa.

Os advogados de Robinho argumentam que ele tem o direito de aguardar em liberdade até que a decisão do STJ seja definitiva - ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso. Além do Habeas Corpus, a defesa planeja contestar a validação no STJ e admite que pode levar o caso ao STF em seguida.

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