A pancada de perna direita que abriu o placar contra o Lanús-ARG trouxe Nilton de volta ao Vasco. Desde o dia 15 de agosto de 2010, o volante não marcava um gol. O jejum terminou na classificação cruzmaltina para as quartas de final da Copa Libertadores, na última quarta-feira, em Buenos Aires. Após a derrota por 2 a 1 no tempo normal, o time carioca venceu por 5 a 4 nos pênaltis.
Emocionado após a partida, Nilton relembrou alguns momentos difíceis na trajetória vivida no Vasco entre lesões, críticas e gols como o da última quarta-feira.
?Fiquei um ano afastado por cirurgias no joelho e só quem esteve ao meu lado sabe o que passei. Até falei para minha esposa que minha filha fez um ano e ainda não tinha feito o gol. É um momento único no Vasco. Sabíamos que enfrentaríamos muita dificuldade e teríamos que explorar os contra ataques. Fui feliz no chute e nosso time ainda mais competente nas cobranças de pênaltis.?, afirmou.
Surpresa na escalação do técnico Cristóvão Borges, o volante contou como soube que jogaria durante conversa com o treinador na concentração. A partir dali, tinha a certeza de que o destino reservava boas surpresas.
?O Cristovão me disse no hotel que jogaria. Desde aquele momento me concentrei bastante. O esquema de jogo ajudou. Ele optou por uma marcação mais forte. Posso dizer que as coisas não acontecem por acaso. Busquei o meu objetivo até o final?, disse.
Nilton foi o símbolo do Vasco na partida. Lutou, levou pancadas dos adversários e chegou a abrir o supercílio. O jogador precisou deixar o campo enquanto sangrava para na sequência levar pontos no intervalo do jogo.
?O suor e sangue que derramei foram a recompensa da vitória (risos)?, encerrou.