Ao interromper com menos de sete meses o trabalho de Roger Machado, traçar um medalhão como alvo para assumir a equipe e contratar Luiz Felipe Scolari, o Palmeiras mudou radicalmente o perfil do técnico que considera ideal.
“A gente precisava mudar o rumo, o comportamento e a postura. Foi esse o principal motivo”, disse o presidente Mauricio Galiotte, no retorno do Rio de Janeiro, entre a derrota para o Fluminense e o anúncio do novo treinador.
O que se diz no clube é que, embora Roger Machado entenda muito de futebol, nem todos os atletas acatavam mais o seu comando. Aos poucos, alguns começaram a transparecer insatisfação dentro e fora de campo, fosse pela metodologia, fosse por estarem na reserva.
Um exemplo citado internamente é o cumprimento à voz de comando do preparador físico Omar Feitosa, conhecido pelo rigor no trabalho. Para a diretoria, faltou a Roger Machado um pouco mais desse "pulso firme" no vestiário.
O que a diretoria considera um problema não teria sido identificado apenas agora, três jogos depois do reinício do Campeonato Brasileiro. Mas, depois de um bom período de preparação durante a Copa do Mundo, havia grande expectativa de que o time engrenasse de vez, o que não aconteceu.
Com Felipão, antes de ganho tático, o Palmeiras espera ter menos jogadores insatisfeitos e mais unidade do elenco. O contrato terminará apenas no final de 2020. A não ser que uma das partes novamente resolva quebrá-lo.
Luiz Felipe Scolari se apresenta ao Palmeiras na próxima semana e terá com ele o auxiliar Paulo Turra e o preparador de goleiros Carlos Pracidelli, que chegam nesta sexta-feira.