Saiba quem é o ex-jogador do Palmeiras, acusado de fraudes no futebol

O ex-jogador vai responder pelo crime de organização criminosa e seis vezes pelo artigo 41-D do Estatuto do Torcedor

Ex jogador do Palmeiras Romarinho | Montagem
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O ex-jogador do Palmeiras, Romario Hugo dos Santos, também conhecido como Romarinho, de 28 anos, é um dos 16 acusados de manipulação de jogos no futebol brasileiro. Ele é apontado pelo Ministério Público como um dos aliciadores membros do grupo criminoso e financiador do esquema, através da realização de transações bancárias. O acusado, atualmente, está preso e deve responder por estes crimes.

Conforme a denúncia do Ministério Público, o primeiro diálogo que liga Romarinho ao suposto esquema teria sido com o suposto chefe do esquema. Na situação, Romarinho demonstra interesse em "bancar as operações" das fraudes. O ex-jogador vai responder pelo crime de organização criminosa e seis vezes pelo artigo 41-D do Estatuto do Torcedor: Dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição esportiva nos seguintes jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022:  

"Você trampa com muitos cara. Você tem os jogadores. Vem com nois, eu banco a operação", escreveu Romarinho.

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Romarinho chegou a desenvolver sua carreira como atleta e ser bem-visto, se tornando uma das grandes apostas do Palmeiras, com vínculo com o time de 2009 a 2013. Mas a passagem do jogador pelo time ficou marcada por atos de indisciplina. 

No esquema investigado pelo Ministério Público, Romarinho responde tanto por aliciar jogadores, quanto por financiar as fraudes. Na partida realizada entre Santos e Avaí, por exemplo, em que o jogador Eduardo Bauermann foi expulso após o apito final da partida, o contato com o atleta foi feito diretamente por Romarinho. A vantagem recebida por Bauermann na partida em questão não teve um montante precisado pelo Ministério Público. 

Ainda de acordo com o MP, o esquema era dividido em quatro núcleos: de apostadores, financiadores, intermediadores e administrativo. Bruno Lopez, segundo a denúncia do órgão, era o líder do núcleo de apostadores.

A operação intitulada Operação Penalidade Máxima teve início no final de 2022 e já fez buscas e apreensões nos endereços dos participantes da máfia. O estopim da investigação se deu quando o volante Romário, do Vila Nova-GO, aceitou uma oferta de R $150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Romário recebeu um sinal de R $10 mil, e receberia os outros R $140 mil após a partida, com o pênalti cometido. À época, o presidente do Vila Nova-GO, Hugo Jorge Bravo, que também é policial militar, investigou o caso e entregou as provas ao MP-GO.

Em nota a defesa de Romarinho se pronunciou, confira!

A Equipe Jurídica de Romario Hugo dos Santos vem, por meio desta nota, informar que o processo encontra-se em momento embrionário, sendo certo que todas as provas acostadas aos autos foram produzidas unilateralmente pela acusação, sem qualquer manifestação da defesa, que será oportunizada apenas nos próximos dias. Neste contexto, não é possível afirmar o remetente ou o destinatário de fato das supostas mensagens trocadas, tampouco se realmente houve qualquer tipo de ameaça. O conteúdo de tais mensagens é contestável, passível de produção de contraprova, o que será feito no momento processual oportuno. A defesa se insurge contra o vazamento indiscriminado do conteúdo dos autos, tendo em vista ser um processo que tramita em segredo de justiça. Lamentamos que o Sr. Romário esteja sendo submetido ao julgamento da opinião pública sem que antes tenha se defendido sob o manto do contraditório e da ampla defesa. Frisamos, ainda, que o Sr. Romário Hugo é pessoa primária, de conduta ilibada, não havendo contra ele qualquer notícia de envolvimento na prática de delitos. Nesta oportunidade, por meio de seus Advogados, coloca-se à disposição para dirimir eventuais dúvidas, eis que é de seu absoluto interesse provar sua inconteste inocência.


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