Santos goleia o Remo por 4 a 0 e está nas oitavas de final da Copa do Brasil

Agora, o Santos aguarda o vencedor do confronto entre Fortaleza e Guarani

Santos vence o Remo | Divulgação
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O script foi cumprido à risca. Grandes jogadas, gols, coreografias. Após perder para o Palmeiras, no último domingo, pelo Paulistão, o Santos se reabilitou nesta quinta-feira. Goleou o Remo por 4 a 0, no Mangueirão, em Belém (PA), e está nas oitavas de final da Copa do Brasil. Como venceu por mais de dois gols, o Peixe elimina o jogo de volta, que seria disputado no dia 31, na Vila Belmiro. O quarto gol, marcado por Neymar, de pênalti, foi o de número 11.500 da história alvinegra.

Agora, o Santos aguarda o vencedor do confronto entre Fortaleza e Guarani. No primeiro jogo, disputado na capital cearense, o Tricolor de Aço venceu por 2 a 0.

Neymar desequilibra na primeira etapa

O Santos demorou para engrenar. O ônibus da delegação pegou trânsito pesado no caminho rumo ao Mangueirão e só chegou ao estádio 15 minutos antes do horário da partida. O aquecimento foi com bola rolando e, por isso, o time teve alguma dificuldade no início. O Remo aprontou uma correria e conseguiu acuar o Peixe nos primeiros minutos, sem, no entanto, ameaçar efetivamente o gol alvinegro.

Mas a partir do momento em que a equipe santista esquentou, ficou ruim para o time paraense. Os passes começaram a sair, de pé em pé. Neymar e André, com intensa movimentação, confundiam os marcadores. Aos 21, Ganso desceu pela direita, livrou-se da marcação e passou para Marquinhos que, com um toque preciso, achou Neymar livre dentro da área. O garoto dominou e só rolou na saída do goleiro Adriano. Na comemoração, uma inovação: em vez das dancinhas, os garotos fizeram pose e ficaram imóveis.

- Dessa vez foi estátua - explicou Neymar.

O gol assustou o Remo, que passou a desperdiçar a posse de bola errando muitos passes. O volante Danilo, que começou o jogo colado em Neymar, aguentou o quanto pôde. O atacante alvinegro circulava pelo campo com o marcador no seu encalço. Em alguns lances, perdia a bola. Mas, quando conseguiu se livrar, deixava os donos da casa em pânico.

Aos 42, o Santos marcou o segundo gol. Mas, nesse caso, o gol foi um detalhe. A jogada que acabou com o toque de pé direito de André para o fundo da rede é um capítulo à parte na história do jogo. Paulo Henrique tirou seu marcador para dançar e acertou um lindo lançamento para Neymar, que recebeu a bola na ponta direita, e foi cortando pelo meio até invadir a área. O goleiro saiu para abafar e ficou no chão depois de um drible desconcertante. O moleque abusado só rolou para o lado, e André pôs para dentro.

A torcida do Remo, que fazia muito barulho no Mangueirão, murchou. Perto das cabines de imprensa, um amigo comentou com o outro:

- Seria melhor pegar o outro (Palmeiras) e deixar o Santos para o Paysandu, referindo-se ao jogo em que o Verdão venceu o Papão por 2 a 1, também no Mangueirão, pela Copa do Brasil.

Classificação no ritmo do Carimbó e gol 11.500

O Santos voltou para ao segundo tempo disposto a despachar de uma vez o Remo. E logo aos três minutos, marcou o terceiro. Neymar recebeu na meia esquerda e acertou um lindo passe, de trivela, para André, que dominou na entrada da área e tocou por cima do goleiro. Os santistas aproveitaram para homenagear os paraenses e dançaram o carimbó, ritmo típico do Norte.

O jogo estava sob controle do Santos. Mas em uma escapada do veterano Gian, ex-Vasco, o Remo quase diminuiu. Ele, que entrou no segundo tempo, foi derrubado por Edu Dracena na área. Pênalti que, aos dez, Marciano cobrou e mandou no travessão.

Esse foi o único lance de perigo da equipe paraense em toda a segunda etapa. O Santos diminuiu o seu ritmo e, com a entrada do volante Rodriguinho no lugar do meia Marquinhos, passou a tocar a bola de um lado para o outro, apenas esperando o tempo correr.

Como o Remo não oferecia resistência, o time paulista consolidou a goleada aos 36 minutos. Maikon Leite, que entrou no lugar de Ganso, foi derrubado por Raul dentro da área. Pênalti que Neymar cobrou, com paradinha: 4 a 0, sem dó, sem jogo de volta.

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