A diretoria do Santos já estuda substitutos para repor a provável saída do atacante Neymar para o Barcelona, da Espanha. Apuramos que apesar da recente manifestação do pai do jogador, que assegurou que a novela com os catalães acabou e que não aceitará que façam "leilão" por novas propostas, o clube insiste na na venda imediata de seu principal atleta e mira, além de Robinho, repatriar o ex-atacante corintiano Nilmar, atualmente no Al-Rayyan, do Catar.
Nilmar tem contrato até junho de 2016, mas deseja retornar. O alto salário, aproximadamente 250 mil de euros mensais (cerca de R$ 660 mil), e o valor desejado pelo clube catariano por sua liberação, 5 milhões de euros (cerca de R$ 13,2 milhões), assustaram os dirigentes santistas.
As tratativas, consequentemente, ainda não avançaram. Dirigentes pediram para que representantes aguardassem o desenvolvimento das negociações de Neymar. Caso negocie a sua principal referência, no entanto, o Santos já acenou que deve priorizar o retorno de Robinho por se tratar de um ídolo. O ex-camisa 7 santista está em baixa no Milan após desentendimento com o técnico Massimiliano Allegri.
A operação para o retorno de Robinho será retomada após o fracasso nas negociações no fim do último ano e começo de 2013. O Santos trabalhava para a volta do jogador, mas esbarrou na alta pedida salarial, cerca de R$ 1,1 milhões mensais. O clube, então, optou pelo acerto com o argentino Walter Montillo para a vaga de Ganso.
Desde o vice-campeonato paulista, só houve o anúncio da contratação do centroavante Henrique, do Mogi Mirim, que, inclusive, já estreou no empate por 0 a 0 contra o Joinville-SC, na Vila Belmiro. Além dele, o centroavante Willian José, do Grêmio, foi submetido a exames clínicos e aguarda a documentação para ser oficializado.
O Barcelona, por sua vez, ainda insiste na contratação de Neymar. Após ver recusada a proposta de 22 milhões de euros (cerca de R$ 57,9 milhões), o clube espanhol enviou ainda na noite de quarta a terceira oferta pelo jogador. A nova investida, de 25 milhões de euros (cerca de R$ 65,8 milhões), não agradou o comitê gestor santista.
Os catalães, até então, seguem como os únicos a oficializarem o interesse pelo craque. A saída imediata tem a anuência de dirigentes alvinegros, além do próprio Neymar. A insistência por números superiores tem como base o convencimento ao próprio pai do jogador, que já externou o desejo de segurá-lo no País até julho de 2014, data do fim do vínculo, por vantagem contratual. Assim Neymar da Silva Santos lucraria 100% com a negociação.
O Santos é detentor de 55% dos direitos econômicos. O restante é dividido entre a Teisa, empresa formada por conselheiros influentes do clube, dona 5%, e o Grupo DIS, 40%.