O empate em 0 a 0 com a Ferroviária, neste domingo, no Morumbi, aumentou a crise no São Paulo - e a pressão sobre o técnico Dorival Júnior, ameaçado de demissão. Foi o terceiro jogo seguido sem vitória do time tricolor, que carrega o peso de ter perdido os dois clássicos disputados na temporada. Achance de melhorar o ambiente parou no goleiro Tadeu, que fez grandes defesas e impediu que jogadores como Cueva, Diego Souza e Paulinho fizessem os gols.
O empate coloca nova carga de pressão sobre o técnico Dorival Júnior. Ele foi muito vaiado pela torcida, especialmente quando trocou Valdívia por Nenê, mantendo a equipe com dois volantes. O treinador foi chamado de burro.
O São Paulo tem a classificação sob risco no Paulista. Com o empate, foi a 11 pontos, na liderança do Grupo B, mas com apenas um ponto à frente de São Caetano e Ponte Preta - e a Macaca joga neste domingo. O Santo André, com oito, também ameaça o Tricolor.
Com Valdívia no lugar de Nenê, o São Paulo teve bastante presença ofensiva na primeira etapa. Mas, assim como não corria risco atrás com a Ferroviária, não criava perigo na frente. O time da casa teve 57% de posse de bola e finalizou cinco vezes, contra duas do visitante. Além de chutar pouco a gol, o Tricolor errou 24 passes.
Na etapa final, aumentou a pressão, mas aí brilhou o goleiro Tadeu, responsável por grandes defesas. Cueva perdeu chance clara, frente a frente com o arqueiro rival. Dorival fez mudanças tímidas: atacante por atacante (Tréllez no lugar de Diego Souza), meia por meia (Nenê na vaga de Valdívia) e atacante no lugar de meia-atacante (Paulinho por Marcos Guilherme). Não deu resultado.