A esperança que o torcedor do São Paulo leva deste domingo é proporcional à preocupação dos alvinegros depois da vitória de 3 a 0 do Tricolor sobre o Botafogo, no Morumbi, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. O time de Muricy Ramalho sobrou em campo. Foi mais compacto, mais agressivo e mais envolvente. Mereceu vencer - e poderia ter alcançado placar até maior.
O primeiro tempo foi de uma superioridade impressionante para os paulistas. Foi no período inicial que Antônio Carlos e Douglas abriram o placar para o São Paulo, que depois ampliou com Luis Fabiano na etapa final. O setor ofensivo, com Pato, Ganso e Boschilia ao lado do Fabuloso, funcionou muito bem - extremo oposto da zona criativa do Botafogo.
Com o resultado, o São Paulo larga na liderança do Brasileirão, ao lado do Fluminense, que também venceu por 3 a 0 na estreia - contra o Figueirense, no sábado. O Alvinegro divide a lanterna justamente com os catarinenses. A rodada inicial ainda tem três jogos a ser realizados. No próximo domingo, o Botafogo volta a campo contra o Inter, no Maracanã, enquanto o São Paulo visita o Cruzeiro.
Apesar de as duas equipes terem ido a campo recheadas de incertezas, consequência de maus resultados no primeiro semestre, logo ficou evidente a superioridade do São Paulo. Com Pato e Luis Fabiano voltando para ajudar na criação, os laterais aparecendo bem e os meias flutuando pelos lados, o Tricolor engoliu a defesa adversária. Antônio Carlos, com 12 minutos, abriu o placar ao completar para o gol deitado - após cruzamento de Luis Fabiano. Depois, Douglas aproveitou lindo passe de Pato para fintar Jefferson e completar.
O segundo tempo não foi tão discrepante quanto o primeiro, mas o São Paulo seguiu superior. Quando o Botafogo começava a dar sinais de uma possível reação, levou o golpe final em bela jogada dos principais nomes da equipe: de Pato para Ganso, de Ganso para Luis Fabiano, de Luis Fabiano para o gol. Mesmo com a vitória garantida, o Tricolor seguiu jogando sério, pressionando a defesa adversária. Perdeu outros gols - especialmente com Fabón - enquanto se garantiu atrás com boas defesas de Rogério Ceni.